Dentro do universo de Tecnologia da Informação (TI), a área de administração banco de dados é um campo que interessa muitos profissionais, que buscam entender mais sobre esse conceito para seguirem na carreira de administradores de bancos de dados. Se levarmos em consideração o volume de dados que são gerados o tempo todo e que circulam pela rede, perceberemos que essa função está crescendo em importância – e com razão.
E é claro que, para cumprir essa função, atualmente é praticamente impossível não contar com a ajuda de computadores e softwares para o processamento dos dados. Ainda assim, quem vai lidar com a administração de base de dados não pode depender somente do trabalho que realizam máquinas e programas: é preciso compreender as responsabilidades de quem tem que lidar com tanta informação, sempre de modo eficiente e seguro.
Por isso, neste material elencamos alguns conceitos que precisam ficar claros para quem quer fazer uma boa administração de base de dados – do entendimento da função até alguns conceitos básicos que precisam ser entendidos pelo profissional, o chamado Database Administrator, ou engenheiro de dados. Então, acompanhe nosso artigo e boa leitura!
Antes de mais nada, o que é um administrador de banco de dados?
Como o nome sugere, o administrador de banco de dados é quem faz a administração do banco de dados. Em outras palavras, esse profissional é quem se responsabiliza por gerenciar um sistema de base de dados, acompanhando os processos de atualização, confiabilidade, consistência, instalação, integridade, otimização e segurança. Esses processos exigem a tomada de decisões certas e rápidas.
É essencial que a pessoa que deseja ser administrador de base de dados esteja ciente que seu perfil precisa estar alinhado às necessidades dessa função. Assim, quem não consegue trabalhar com concentração e foco ou quem não gosta de investir muito tempo em estudos dificilmente conseguirá se adaptar a esse trabalho.
Fazer uma boa administração de banco de dados exige bastantes conhecimentos técnicos e estudos, em especial para que a pessoa saiba o que fazer em momentos de pressão e que peçam por uma solução ágil para recuperar informações. Também é necessário ter paciência para lidar com tecnologias ultrapassadas, trabalhar com um time e ter disposição para procurar e estudar novas técnicas e tecnologias.
Como é a formação de quem quer administrar uma base de dados?
É normal que quem quer trabalhar com administração de banco de dados faça uma graduação em Engenharia da Computação, Processamentos de Dados e Sistemas de Informação. Entretanto, não é obrigatório concluir essas graduações para se tornar um administrador de base de dados, pois muita coisa pode ser aprendida na prática e com o apoio de cursos específicos.
De qualquer jeito, é desejável que a pessoa tenha algumas características, como ser curiosa, entender de tecnologia e dominar o Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) com que for lidar.
Em resumo, não há apenas uma trajetória a trilhar para ser um administrador de banco de dados e, quanto mais diverso for o caminho, melhor. Além dos cursos citados acima, é interessante enriquecer a formação com outras experiências, como estudar modelagem de dados e SGBDs, buscar blogs, fóruns e sites sobre o assunto, ler livros sobre o tema, criar uma bom networking etc.
O que é fazer uma boa administração de bases de dados?
Basicamente, uma boa administração de base de dados é composta na configuração, instalação, monitoramento e solução de problemas de um SGBD. Se formos falar mais detalhadamente, o administrador de banco de dados deve realizar as seguintes atividades:
- Ajustar apropriadamente requisitos quando houver mudanças;
- Contatar usuários para averiguar disponibilidade de dados requisitados e auxiliar a definir e resolver problemas;
- Decidir como os dados serão representados na base de dados armazenada;
- Determinar a checagem de segurança e integridade;
- Determinar os procedimentos de recuperação de dados;
- Monitorar a performance da base de dados.
10 dicas para realizar uma boa administração de base de dados
Anteriormente, citamos algumas das principais formas como um administrador de banco de dados pode realizar seu trabalho de maneira eficiente. Entretanto, para que esse trabalho seja feito com excelência, é preciso investir em alguns conhecimentos relacionados direta e indiretamente com os SGBDs propriamente ditos. São eles:
1. Atualizar-se constantemente para dar apoio à tomada de decisões relativa a base de dados
Engenheiros de dados que vão gerenciar grandes bases de dados precisam passar por reciclagem técnica para que tenham conhecimento das técnicas e soluções disponíveis atualmente para essa nova classe de aplicação.
2. Aprender sobre arquitetura de computadores
Para administrar base de dados, o profissional responsável provavelmente precisará de conhecimentos a respeito da estrutura física de servidores e como fazer a sincronização de hardware e software para ter uma performance melhor e mais segurança.
3. Aprender sobre arquiteturas de SGBDs
Sabendo os princípios elementares que norteiam a implantação dos SGBDs, o profissional que fará a administração de banco de dados terá mais facilidade para compreender e questionar a arquitetura usada pelo SGBD.
Esse ponto é essencial porque muitos dos princípios que são ensinados em manuais e treinamentos não são compreendidos em sua totalidade por faltar conhecimento teórico de como operam as SGBDs.
4. Saber fazer a automação de bases
A automação de bases de dados é uma maneira de torná-las mais eficientes, e auxilia os times de TI a gerarem mais resultados em um tempo mais curto, gerindo melhor o armazenamento e o processamento de dados.
Os programas criados para isso usam metadados e metodologias de detecção de padrões para definir designs que otimizam o desempenho dos base de dados. Com isso, atividades repetitivas, que exigiriam programação intensa, podem ser realizadas por sistemas, e os colaboradores do time podem focar em questões estratégicas do gerenciamento dos bancos de dados.
5. Fazer análise da estrutura para saber qual é a mais indicada para cada situação
Até pouco tempo atrás, as empresas só podiam contar com bancos de dados on premise, o que mudou com a cloud computing. A cloud computing fornece um custo-benefício que é mais competitivo, o acesso aos dados pode ser feito remotamente e, além disso, a transmissão deles é mais veloz.
Contudo, ainda assim há empresas que continuam preferindo realizar o armazenamento de algumas informações de modo local. Assim, é importante que quem vai gerir uma base de dados possa avaliar qual é a melhor estrutura para cada situação. Por exemplo, o modelo híbrido inclui alguns bancos de dados on premise e outros na nuvem.
6. Manter os dados organizados
Quando falamos de banco de dados, estamos nos referindo à forma como é realizada a organização dos dados em si e qual o modelo de dados que é utilizado.
Nesse sentido, há diversos modelos de base de dados que podem ser utilizados em uma empresa, tais como: relacional, objeto-relacional, hierárquico, plano, entre outros. Desses, o modelo mais usado costuma ser o relacional, uma vez que se mostra mais prático e versátil.
Isso dito, compreender a estrutura do banco de dados é fundamental para que se possa determinar qual é a linguagem que mais se adequa ao perfil da empresa em questão. Para isso, existem quatro modelos de SGBD que merecem destaque. São eles:
- Oracle Database: pago e com custo mais alto que outras alternativas, oferece bons níveis de segurança e boa capacidade de armazenamento de informações.
- SQL: um dos mais utilizados no mercado, é um sistema de alta confiabilidade e com custos mais acessíveis.
- MySQL: software de licença aberta, especialmente empregado em empresas com forte atuação online.
- PostgreSQL: gerenciador gratuito, que também pode ser utilizado para o desenvolvimento de aplicações na web em linguagem PHP.
7. Estudar modelagem de dados
Um administrador, engenheiro de dados ou qualquer outro profissional da área precisa saber bastante sobre modelagem de dados. É preciso compreender e ser capaz de interpretar os modelos de dados que serão criados e armazenados na base, e saber as implicações que esses modelos causam na performance de um SGBD.
De fato, esse é um dos primeiros e mais importantes temas que deve ser estudado. É imprescindível conseguir desenvolver tabelas e relacioná-las entre si, uma vez que esse é a primeira etapa para evitar problemas que possam surgir futuramente, como espaço no servidor e desempenho.
8. Monitorar o funcionamento da base de maneira constante
Para compreender como o gerenciamento do banco de dados está funcionando e quais benefícios ele está trazendo para a empresa, é necessário manter um acompanhamento. Assim, monitorar o uso dos recursos, como da utilização da CPU, a qualidade das conexões e o volume armazenado em cache oferecerá aos profissionais uma noção mais específica do que precisa ser aprimorado no fluxo de trabalho.
A administração de base de dados precisa ser constante. Assim, é obrigatório monitorar métricas e assegurar-se de que elas estão alinhadas com as demandas do empreendimento, corrigindo e realizando manutenções proativas que certifiquem que o funcionamento está ocorrendo como planejamento.
Fazer esse acompanhamento constante acarreta em muitas vantagens. Por exemplo, será possível integrar melhor as fontes de dados existentes, facilitando a compreensão das informações armazenadas nos bancos e permitindo a geração de insights com resultados aplicáveis dentro do negócio.
9. Conhecer as redes
Além do conhecimento básico, é preciso compreender bem as camadas de rede e sua aplicação. Entender a estrutura da rede nesse nível é primordial para monitorar a performance das base de dados.
10. Compreender os sistemas operacionais
É preciso saber bem como funciona o sistema operacional usado pelo SGBD e também aspectos relacionados aos processos, gerência de memória e sistema de arquivos, que são fundamentais para resolver problemas e determinar os melhores procedimentos de recuperação.
–
Esperamos que com essas dicas você tenha compreendido melhor como fazer uma boa administração de base de dados. E se você quiser aprender ainda mais sobre o assunto, conheça o curso de Administração de Banco de Dados da ESR!