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Riscos e ameaças na web atual: qual a solução para uma navegação segura na internet? 

Riscos e Ameaças da Web

Ainda que boa parte do mundo continue sem acesso à internet, há quase 5,56 bilhões de pessoas logadas à rede, o que representa 67,9% da população global, bem como 5,61 bilhões de pessoas que usam dispositivos móveis. Os dados são do relatório Datarepotal de 2025, o que evidencia uma realidade altamente conectada e ainda mais predisposta aos riscos e às ameaças web. 

Afinal, quanto maior a superfície de exposição à rede – sobretudo com a propagação da Internet das Coisas (IoT) e a popularização da inteligência artificial, aliadas a uma quantidade inédita de pessoas gerando dados, trocas de informação e pegadas digitais –, maiores são as possibilidades de ataques. 

Nesse contexto, as ameaças web, ou ameaças on-line, representam uma das principais preocupações da TI e do meio corporativo, uma vez que podem ocorrer por causa de vulnerabilidades de diferentes agentes – usuários, colaboradores e serviços de web, entre outros, causando um dano em potencial bastante significativo. 

Neste artigo, vamos destacar mais desse universo, compreendendo por que os chamados pentests, ou testes de penetração, são uma alternativa interessante para driblar esse cenário. 

Você também pode gostar: 9 requisitos necessários para iniciar sua carreira de Pentest Web 

Como definir uma ameaça web?

As ameaças da web são caracterizadas pelos riscos de cibersegurança associados a eventos ou ações não esperadas e danosas por meio da internet. Trata-se de um impacto negativo tanto em redes privadas, Wi-Fi domésticos e intranets corporativas quanto repercussões em hosts específicos, tais quais os endpoints das empresas e dispositivos celulares, computadores e tablets. Além disso, a ameaça web também engloba as ações direcionadas ao próprio servidor web. 

Quando bem-sucedida, uma ameaça de rede pode causar danos irreparáveis aos negócios, como: 

  • Vazamento de dados e informações sigilosas;
  • Impacto negativo na reputação da marca atingida;
  • Perda de dados;
  • Prejuízos financeiros;
  • Privação de acesso a informações importantes;
  • Fraudes e estelionatos;
  • Roubo de dados offline;
  • Indisponibilidade do sistema até o controle total do computador por um atacante.

Ou seja, as ameaças da web contemplam uma gama de vulnerabilidades que estão para além dos ataques deliberados de hackers. Elas incluem brechas operacionais, falta de cultura de segurança e até eventos externos que não são passíveis de controle. 

Portanto, é altamente recomendável que as empresas adotem uma abordagem de cibersegurança abrangente para, de fato, mitigar os riscos associados às redes, os quais podem ser compreendidos principalmente da seguinte forma:

CategoriaO que é?Exemplos
Riscos associados a agentes maliciososAmeaças causadas por indivíduos ou grupos que exploram vulnerabilidades da rede para ganhos financeiros, espionagem ou sabotagem.Malware, ransomware, phishing, ataques DDoS, exploração de vulnerabilidades zero-day, engenharia social.
Riscos associados à falta de cultura de segurança digitalFalhas humanas e falta de conhecimento em práticas seguras, expondo redes e dispositivos a ataques.Senhas fracas, compartilhamento indevido de credenciais, uso de redes públicas sem proteção, ausência de autenticação multifator, abertura de anexos suspeitos.
Riscos associados aos múltiplos pontos de contato da redeVulnerabilidades criadas pelo crescimento do número de dispositivos conectados, tornando a rede mais exposta.Dispositivos IoT desprotegidos, endpoints não monitorados, redes Wi-Fi sem criptografia, brechas em sistemas terceirizados.
Riscos associados à falta de monitoramento contínuoA ausência de políticas de segurança e ferramentas para detecção e resposta pode permitir que ameaças permaneçam ativas sem serem percebidas.Falta de atualização de software, ausência de logs e auditorias, resposta lenta a incidentes, falta de testes periódicos de vulnerabilidades.

Nesse cenário, as empresas precisam investir não apenas em soluções tecnológicas, como firewalls e antivírus, mas também em treinamento contínuo para suas equipes, protocolos de resposta a incidentes e auditorias regulares de segurança. 

É aí que entram os testes de penetração, ou pentests, como uma ferramenta crucial para identificar fragilidades antes que criminosos possam explorá-las. 

O que são pentests – teste de invasão de aplicações web?

Um teste de invasão, também chamado teste de penetração ou pentest, é um método utilizado para verificar a segurança de um ambiente, plataforma ou sistema, por meio da simulação de ataques reais, explorando as vulnerabilidades encontradas. 

Diferentemente de uma varredura de vulnerabilidades, que, muitas vezes, recorre ao simples uso de ferramentas automatizadas, o pentest refere-se a um processo cíclico que depende, principalmente, do conhecimento do auditor de segurança que o realiza. Ou seja, demanda domínio técnico e especializado. 

Na prática, consiste em encontrar vulnerabilidades o mais cedo possível e corrigi-las imediatamente antes que sejam exploradas, por meio da execução de ataques que visam violar os requisitos de segurança explícitos e implícitos de uma aplicação. 

O processo todo é realizado ciclicamente e, a cada interação, a base de conhecimento sobre o sistema aumenta e novas vulnerabilidades podem ser descobertas e exploradas.

Dessa forma, é utilizado para identificar fraquezas e superfícies de ataque e para reconhecer as potenciais ameaças de um negócio digital, assegurando que os profissionais de TI possam desenvolver controle sobre a operação, a fim de alcançar uma rede mais segura e estável. 

Trata-se, portanto, de um processo sistemático de avaliação da segurança de um sistema ou rede realizado por profissionais especialistas. 

Nessa dinâmica, por meio do pentest, ao encontrar uma vulnerabilidade crítica, o profissional consegue combatê-la antes mesmo da elaboração de um relatório final de atividades suspeitas e pontos de atenção.

Além disso, como uma excelente ferramenta de mitigação de riscos e ameaças web, a depender do alvo, os pentests podem ser classificados de diferentes formas. Separamos algumas delas, a seguir: 

  • Pentests de aplicativos – como o nome indica, esse tipo de teste de penetração é voltado para o universo dos aplicativos e sistemas relacionados, como, por exemplo, aplicativos em nuvem, móveis, IoT e interfaces de programação de aplicativos (APIs). 

Para executá-lo, os especialistas normalmente utilizam o guia de vulnerabilidades do Open Web Application Security Project (OWASP) Top 10, para identificar quais são as mais críticas, desde códigos mal-intencionados até configurações incorretas.

  • Pentests de rede – nesse modelo, o propósito é a aplicação de um teste de penetração por toda a rede. É uma das formas de avaliar os riscos e as ameaças web associados ao complexo de rede de computadores da empresa. 

Pode ser utilizado em testes externos, no quais se imita o comportamento de hackers alheios à organização, com foco na decodificação de problemas de segurança, e internos, quando os testadores simulam atividades de agentes internos maliciosos ou daqueles que atuam com credenciais roubadas. 

O principal objetivo é mapear as vulnerabilidades que podem ser exploradas pela rede. 

  • Pentests de pessoal – entre os riscos e as ameaças web, aqueles associados à engenharia social talvez sejam os de maior lesividade. Por isso, essa vulnerabilidade precisa ser observada com atenção e contar com ferramentas, tais quais os pentests de pessoal, para minimizar seus danos. 

Nesse caso, os testes de penetração de pessoal se dedicam a encontrar pontos fracos de cibersegurança voltados para os funcionários. 

Dessa forma, geralmente utilizam-se práticas bastante conhecidas, como phishing, vishing (phishing por voz) e smishing (phishing por SMS), para captar a atenção do colaborador e identificar suas ações e os gargalos de segurança da empresa nesse sentido. 

Para saber qual pentest utilizar em uma estratégia de segurança, é necessário avaliar quais são os objetivos e resultados esperados no processo de aplicação de teste de penetração, observando a gestão de riscos e o mapeamento de ativos da empresa. Além disso, é necessário adotar uma metodologia. 

Metodologias do pentest

Além de serem adotados para alvos diferentes, os testes de penetração também podem divergir na metodologia. 

Escolher uma metodologia de aplicação adequada é um passo fundamental para a realização de um pentest eficiente, capaz de barrar riscos e ameaças na web, mantendo altos padrões de segurança. 

Uma dessas metodologias voltada para a web, a OWASP, ou Open Web Application Security Project (já abordamos essa comunidade anteriormente, citando o documento que descreve as vulnerabilidades mais difundidas em cada período), é altamente recomendável e utilizada. Trata-se de um padrão para testar aplicativos da web bastante abrangente, tendo em vista que não se concentra apenas nas vulnerabilidades do aplicativo, mas também em erros de lógica em processos, tecnologias e recursos humanos. Na prática, fornece uma lista de verificações para várias vulnerabilidades, tais quais injeção de SQL, configurações incorretas de segurança e design de aplicativo da web inseguro, entre outras, bem como guia de testes OWASP, guia do desenvolvedor OWASP e uma revisão de código OWASP. 

Além de garantir a resiliência das empresas em relação aos vetores de ataque comuns em aplicativos web, essa metodologia auxilia na manutenção e adaptação dos negócios às regulações, como ISO27001, GDPR etc. 

Em sua estrutura, aborda as diferentes fases de desenvolvimento de um aplicativo, como:

  • Definição de requisitos; 
  • Design; 
  • Desenvolvimento;
  • Implantação e 
  • Manutenção.

Assim como a metodologia OWASP, existem diversas outras, como o Information Systems Security Assessment Framework (ISSAF – Estrutura de Avaliação de Segurança de Sistemas de Informação, em português) ou Penetration Testing Execution (PTES – Execução de Teste de Penetração, em português), que compartilham basicamente um mesmo esquema de estágios e fases, variando em alguma medida, a depender do seu objetivo. São eles: 

Fases do pentest

  1. Pré-engajamento e planejamento – planejamento e configuração do ambiente de teste. Posteriormente, há uma definição de escopo do teste, com objetivos precisos e alinhados aos requisitos de segurança da empresa. 
  1. Coleta de inteligência – informações-alvo coletadas. Ferramentas automatizadas e manuais, como Nmap, Wireshark e Recon-ng, são usadas para reconhecer sistemas, identificar vulnerabilidades e detectar possíveis pontos de entrada.
  1. Análise e exploração de vulnerabilidades – uso das informações coletadas para procurar ameaças e vulnerabilidades. A partir disso, as vulnerabilidades são exploradas para que os testadores tenham uma compreensão do impacto desses elementos nos ativos do negócio e do seu potencial de dano. 
  1. Desenvolvimento de soluções – com os problemas identificados, reúnem-se ações e estratégias de mitigação de danos, removendo as vulnerabilidades. Alguns exemplos: patches, reconfiguração ou substituição completa das medidas de segurança implementadas.
  1. Elaboração de relatórios e emissão de certificados – geralmente, é a etapa final, que é marcada pelo desenvolvimento de um relatório completo que reúne as descobertas de cada etapa para oportunizar as tomadas de decisão mais conscientes e o planejamento de cibersegurança mais efetivo. 

Confira, na íntegra e de forma gratuita, o webinar produzido pela ESR

Pentest × vulnerabilidades: uma visão prática”.

Conclusão

Diante do aumento exponencial de ameaças digitais e da crescente dependência da internet para operações corporativas e serviços essenciais, a cibersegurança se tornou uma prioridade inquestionável. 

Empresas de todos os segmentos buscam profissionais capacitados para identificar vulnerabilidades antes que criminosos possam explorá-las, o que torna os especialistas em testes de penetração altamente valorizados no mercado de TI. 

Além de ser uma área em constante evolução, com desafios técnicos que exigem raciocínio estratégico, o pentest oferece oportunidades lucrativas e a possibilidade de atuar em diferentes setores, desde fintechs até órgãos governamentais.

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