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Escola Superior de Redes

Esgotamento do IPv4 no Brasil

Escola Superior de Redes

30/10/2020

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O crescimento da demanda por conectividade fez com que o IPv4, principal protocolo de internet (IP) utilizado no Brasil, entrasse em estado de esgotamento de sua capacidade. Incorporado à realidade da TI brasileira desde 1980, o IPv4 suporta até 4,3 bilhões de endereços na web, enquanto que a versão mais nova do protocolo, a IPv6, tem capacidade para até 340 duodecilhões desses mesmos ambientes online.

Neste artigo você vai entender melhor o que é o IPv4, como se dá a operação e transição dele para a versão atualizada e também vai ver algumas dicas de como tornar esse processo o mais simples e suave possível para você e para os seus clientes. Acompanhe!

 

O que é o IPv4

O IPv4 é a quarta versão do Protocolo de Internet (IP) e amplamente utilizado na Internet atual. Por ser mais antigo — já opera como um dos principais protocolos padronizados desde 1983 —, o IPv4 não possui condições de suportar grandes volumes de dados e de endereços IP como, por exemplo, na “Internet das coisas”.

O IPv4 opera em um modelo por melhor esforço (“Best Effort”), o que significa que ele não garante a entrega nem a sequência correta dos pacotes de dados, e também não evita a duplicação da entrega. Todos esses elementos são controlados por uma camada superior dentro da arquitetura de rede que é o protocolo de transporte, sendo o TCP (Protocolo de Controle de Transmissão) a mais conhecida.

Para fins de entendermos melhor sobre o esgotamento do IPv4 no Brasil (e no mundo), vale destacar alguns aspectos técnicos relacionados à sua capacidade. Esta versão do protocolo IP opera com endereços no padrão de 32 bits, enquanto que a versão nova que vem para substituí-la, o IPv6, utiliza endereços em 128 bits.

Essa limitação na capacidade de expansão do IPv4 é um dos principais motivos pelos quais ele está em fase de esgotamento no Brasil, devendo ser em breve totalmente substituído pelo IPv6. O IPv4 ainda conta com falhas de segurança, o que o coloca realmente em uma posição de necessidade de substituição.

Crescimento da demanda por internet e conexão

Com a inserção de cada vez mais novas tecnologias (inclua-se aí smartphones, tablets, notebooks etc.), e com a acessibilidade atribuída a este tipo de dispositivo, aumentou muito o número de usuários com IPs únicos. Só no Brasil, segundo a 31ª Pesquisa Anual do FGV cia, são mais de 424 milhões dispositivos em uso atualmente, e contando.

Nos Estados Unidos e no Canadá o problema já é até mais antigo: desde 2015 o número de endereços IPv4 já se esgotou, e em todo o mundo, mais de 5 bilhões de dispositivos (cada qual com seu respectivo endereço IP) já eram utilizados em meados de 2019, o que significa que hoje o número tende a estar ainda mais alto. Além disso, foi oficialmente anunciado que, para a região da América Latina e o Caribe esgotou-se, desde 19/08/2020, o estoque de endereços IP dentro do IPv4.

Então, pensando nos 4,3 bilhões de endereços IP que estão incluídos na capacidade do IPv4, fica evidente a necessidade de olhar com mais atenção para esta situação, e de colocar o Brasil em um lugar de transformação para migração em direção ao uso total do IPv6, que suporta, este sim, cerca de 340 duodecilhões de endereços IP.

 

Migração gradativa dos sistemas

O uso do IPv6 é tido como a solução para esta limitação do IPv4, porém ele ainda não foi adotado massivamente pelas empresas por se tratar de um sistema mais complexo o qual os dispositivos precisam já vir de fábrica com a capacidade de suportar.

Aparelhos novos já são montados nessas condições, com software e roteadores capazes de atender ao volume de endereços IP, porém para organizações ou pessoas físicas que utilizam equipamentos já mais antigos será necessário um investimento de tempo e dinheiro ainda desconhecidos para a concretização desta troca de sistemas.

Para saber mais sobre esse processo de migração e entender como a organização em que você trabalha se encaixa neste cenário, converse com nossos especialistas! Confira também o calendário de cursos da ESR e continue acompanhando o nosso blog para se tornar um especialista e ajudar a sua empresa a passar por este processo!

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