Trabalhar com Computação em Nuvem já é uma prática bastante disseminada por quem é do meio mas, infelizmente, muitas empresas e profissionais que dependem desses serviços ainda desconfiam dessa possibilidade quando o aspecto é segurança.
Muitas vezes, a sugestão de adotar a Computação em Nuvem em uma organização gera preocupações em gestores, impedindo que projetos importantes dessa natureza sejam desenvolvidos.
Entretanto, é possível sim trabalhar em nuvem sem abrir mão da segurança de dados. Por isso, neste post vamos abordar algumas recomendações para usar os serviços de Computação em Nuvem de forma segura, evitando que informações sejam acessadas por pessoas não autorizadas. Acompanhe e boa leitura!
8 recomendações para usar os serviços de Computação em Nuvem de forma segura
1. Compreenda as demandas e necessidades da sua empresa antes de contratar um provedor de Computação em Nuvem
Em primeiro lugar, um dos pontos-chaves para garantir a segurança dos serviços de Computação em Nuvem é compreender as demandas e necessidades do negócio da sua empresa. Afinal, não é possível contratar um provedor em nuvem – ou até criar uma solução interna – sem saber qual é o planejamento da companhia na utilização do sistema.
2. Defina uma política de gestão e segurança da informação
Depois de entender como sua organização pretende fazer uso do sistema em nuvem, é hora de pensar na gestão e segurança da informação. Aqui, é necessário saber o que a companhia já faz para proteger os dados que possui, quais são os profissionais que usam esses dados e quais acessam, classificá-los, criar níveis de acesso, etc.
Depois de fazer tudo isso, determine uma Política de Diretrizes de Uso, sem ela, nenhum colaborador da empresa saberá com certeza como proteger os dados, como eles são usados e por quem.
3. Entenda qual é a modalidade de serviço em nuvem que você precisará
Definidas as demandas da empresa e a política de gestão e segurança de informação, você já pode escolher qual será a modalidade de serviço que precisará. Em geral, falamos em 3 modelos:
- IaaS (Infrastructure as a Service): contratação de data center para alocação de servidores, escolhendo a capacidade que precisará para implementar seus serviços. Essa modalidade é usada em geral para aplicativos (softwares) web, armazenamento de backups, hospedagem de sites, testes de desenvolvimentos.
- PaaS (Platform as a Service): nesta modalidade, o provedor disponibiliza todo o sistema a desenvolvedores, que podem colocar suas aplicações online sem precisarem se preocupar com a infraestrutura de funcionamento, apenas com aquilo que lhes diz respeito, ou seja, a aplicação. A diferença entre o IaaS e o PaaS é que no primeiro o gestor de TI terá mais autonomia para usar os servidores, pois contratará capacidade de processamento, espaço e memória. Já com o PaaS o gestor não necessita se preocupar em gerir a infraestrutura e pode focar na aplicação.
- SaaS (Software as a Service): modalidade de serviço em que os clientes podem acessar softwares baseados em nuvem. São oferecidos serviços como correio eletrônico, agendas eletrônicas, editores de textos e planilhas, softwares de comunicação instantânea e videoconferências etc. para usuários que se conectem ao portal de serviço do fornecedor.
4. Escolha um provedor de confiança
Depois dos itens acima, chega o momento da seleção do provedor de nuvem. Assim, é necessário avaliar o histórico e a reputação da empresa que vai fornecer os serviços. Lembre-se que este último deve ter alta disponibilidade o suficiente para assegurar que os dados estarão disponíveis todos os dias, durante todo o ano.
5. Estabeleça em Acordo de Nível de Serviço (SLA)
Outro ponto que não pode ser relevado é o Acordo de Nível de Serviço, também chamado de SLA (do inglês, Service Level Agreement). Ele é um compromisso assumido pelo prestador de serviços de TI perante o cliente, e descreve o serviço, os níveis de qualidade que devem ser assegurados, as responsabilidades das partes e possíveis compensações quando os níveis de qualidade não forem atingidos.
O Acordo de Nível de Serviço precisa ser considerado uma medida de segurança a ser adotada, já que afeta diretamente os critérios de confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados.
6. Exija certificações de auditoria externas
Outra questão fundamental é garantir que o fornecedor possua certificações de auditoria externas. Com os certificados existentes, é possível atribuir mais confiabilidade ao fornecedor.
7. Exija itens de segurança de qualidade
Em relação aos itens de segurança com os quais é preciso contar na hora de trabalhar com Computação em Nuvem de maneira segura, a lista é extensa, mas falaremos aqui dos mais importantes.
Para que o serviço se mantenha constante e estável, é preciso que o fornecedor tenha equipamentos de qualidade, tais como bancos de baterias, geradores de energia para segurar quedas de energia com acionamento imediato sem impactos nos sistemas e servidores, diversas conexões com a internet com capacidades adequadas, circuitos elétricos redundantes, roteadores e switches de rede de nível carrier class, sistema de refrigeração, e outros.
Para ter os dados preservados, é necessário manter um sistema firewall robusto em muitas camadas, e que consiga proteger as informações mesmo de ataques graves. Além disso, também é preciso que haja um sistema anti-spam forte para defender os e-mails de trojans, vírus, worms e outros softwares maliciosos, e para preservar a criptografia dos e-mails.
8. Conte com modos de acesso seguros, como logins e senhas fortes ou certificado digital
O acesso a serviços em nuvem precisa ser seguro o suficiente para barrar tentativas indevidas de entrada nos sistemas em Nuvem. Atualmente, existem diferentes formas de acessar esses serviços, sendo o uso de login e senha o de menor custo e mais fácil gestão.
Contudo, sabemos também que esse método é o mais fácil de ser fraudado. Por isso, caso essa seja a maneira de acesso utilizada pelo sistema da sua empresa, certifique-se que são usados logins e senhas fortes para haver menor possibilidade de invasão.
Além disso, outras formas de acesso, como token com certificação digital, podem ser opções ainda mais seguras a serem adotadas. Essa forma de acesso não transmite a senha pela internet, e também oferece o benefício de possuir características de validade jurídica e integridade do conteúdo, o que o sistema de login e senha não têm.
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