Cadastre-se

CADASTRO

Em caso de não possuir CPF, por favor entre em contato conosco clicando aqui.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de Privacidade

ReCaptcha
Entrar
Escola Superior de Redes

Administração de banco de dados: como funciona a arquitetura de memória do PostgreSQL

Escola Superior de Redes

25/02/2021

Compartilhar

O universo da administração de banco de dados envolve estudos e muito conhecimento teórico e prático para identificação das melhores alternativas para cada caso. Neste sentido, conhecer mais sobre a configuração de memória de um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD)  é um ponto fundamental na hora de ajustar o banco de dados que você irá utilizar na sua organização para obter uma melhor performance.

No caso do PostgreSQL, que é tema deste artigo, ele conta com um sistema de cache para armazenamento dos dados disponibilizados para consulta em sua operação. 

Para falar sobre memória e PostgreSQL, vamos antes a alguns conceitos. Continue acompanhando o artigo!

 

O que é a arquitetura de memória do PostgreSQL

Uma das maiores dúvidas neste sentido é a de como identificar quanto de memória deve ser deixado para o sistema operacional e quanto alocar para o banco, por exemplo.

Outra dúvida é se a memória compartilhada é suficiente para a quantidade de usuários e conexões existentes, ou então o que fazer caso haja um grande número de transações no banco de dados utilizado. Para entender melhor como se dão esses processos dentro do PostgreSQL, vamos compartilhar algumas definições. 

A primeira delas é o conceito de memória compartilhada. Este é o valor disponibilizado no buffer para as transições do banco de dados em questão. O valor varia principalmente em função do número de conexões e consultas, e também do nível de complexidade destas. A recomendação de melhores práticas na administração de banco de dados através do PostgreSQL é a de que o valor destinado ao banco não ultrapasse ⅓ da memória RAM disponível.

Existem ainda cálculos que orientam que a memória compartilhada esteja entre 8 MB e 400MB para que se possa manipular os ambientes com segurança. Agora, como fazer para calcular qual o valor ideal para o seu banco de dados?

Alguns parâmetros de bancos de dados orientam que o consumo de um usuário é de, em média, 14,2 KB por conexão feita. Assim, deve-se multiplicar este valor pelo número de conexões necessárias a serem utilizadas e somá-lo ao tamanho do bloco a ser utilizado. Com isso, chega-se ao valor ideal recomendado para a memória compartilhada do banco de dados em questão.

O segundo conceito a ser trabalhado é o de blocos, que são seções de dados definidas a partir das transições e buscas a serem realizadas. Os blocos possuem relação também com a quantidade de páginas que serão exibidas como resultado para as buscas consolidadas. E o terceiro e último conceito que precisamos abordar aqui é o de área de ordenação, que é uma quantidade de memória física disponibilizada no sistema para a realização de consultas por usuários.

Sendo assim, todos os parâmetros dentro da arquitetura de memória do PostgreSQL, estão diretamente relacionados ao tamanho das transações executadas e à área de ordenação disponibilizada.

 

Como otimizar o aproveitamento no PostgreSQL

Pensando ainda no aspecto relacionado à memória, existem muitos profissionais e equipes que consideram o PostgreSQL um sistema lento em alguns testes após sua instalação. No entanto, isso acontece principalmente por conta de uma má configuração da arquitetura de memória que acaba subutilizando a estrutura física do sistema e tornando, sim, o processamento dos dados mais lento.

Vamos explicar agora como promover uma otimização do PostgreSQL pensando principalmente no que se relaciona ao aspecto da memória. Existem no PostgreSQL dois tipos principais de memória principais, que são a memória compartilhada, que já mencionamos brevemente neste artigo, e a memória individual.

A memória compartilhada tem tamanho fixo e é alocada uma única vez, na inicialização do PostgreSQL, e todos os clientes conectados ao banco têm acesso a ela simultaneamente. No caso da memória individual, o tamanho é variável e ela é alocada separadamente para cada conexão realizada ao banco.

A memória compartilhada é a primeira a ser utilizada pelo sistema para consultar informações de interesse. Ao aproveitar melhor seu cache, o PostgreSQL reduz sua necessidade de gerar requisições ao disco rígido, que é uma tarefa que traz maior lentidão ao sistema, e oferece uma performance mais eficiente.

Já a memória individual tem como principal funcionalidade o ordenamento de registros, de modo que é utilizada toda vez que houver esta necessidade no sistema. Para melhorar o desempenho da memória individual a dica é avaliar como está se dando o funcionamento e buscar sempre o entendimento de que quanto maior a memória de ordenamento, menor será o número de arquivos temporários criados e, assim, mais rápida ficará a operação.

Com base nessas informações, o administrador de banco de dados responsável pode configurar  a arquitetura de memória da forma que melhor convier às necessidades daquele sistema.

Existem diversos caminhos para compreender cada vez melhor o universo da administração de banco de dados e as funcionalidades da arquitetura de memória do PostgreSQL.

Para maiores informações sobre administração de banco de dados de uma forma abrangente e para se manter atualizado sobre estas novidades, além de continuar acompanhando este blog, confira nosso calendário de cursos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

posts recentes

  • Roadmap de aprendizado em TI
    Temas Diversos

    Roadmap de aprendizado em TI: como colocar um em prática?

    A tecnologia evolui rápido demais para que times de TI aprendam de forma improvisada. Frameworks se renovam em ciclos curtos, ferramentas se expandem, stacks se multiplicam e as organizações, públicas e privadas, exigem cada vez mais autonomia, maturidade técnica e capacidade de adaptação. Nesse contexto, ter um roadmap de aprendizado se apresenta como uma necessidade […]


    18/12/2025
  • KPIs na gestão de TI
    Temas Diversos

    KPIs na gestão de TI: guia estratégico para medir valor e resultados

    Saber quais são os KPIs e como estruturá-los na gestão de TI exige uma equação: clareza dos objetivos estratégicos × escolha das métricas certas × comunicação efetiva com stakeholders. Essa combinação transforma dados técnicos em insights que realmente orientam a tomada de decisão.  Para gestores, os indicadores servem para medir a eficiência da equipe, bem […]


    11/12/2025
  • Inteligência Invisível Ambiental
    Temas Diversos

    Qual o papel da TI na nova era da inteligência invisível ambiental?

    A inteligência invisível ambiental tem despontado como um dos principais termos de pesquisa nos buscadores online. Isso pode ser explicado uma vez que o conceito define o novo paradigma para o mercado moderno, otimizando a percepção de produto das organizações, o relacionamento com o cliente e as formas de interação com os espaços. Em linhas […]


    04/12/2025
  • Infraestrutura de TI para IA generativa
    Inteligência Artificial

    Infraestrutura de TI para IA generativa: passo a passo essencial

    Uma infraestrutura de TI para a IA generativa demanda, sobretudo, alta capacidade de processamento (GPUs ou TPUs), redes de baixa latência, armazenamento escalável e sistemas de governança de dados robustos.  Sem esse conjunto técnico, modelos generativos podem não alcançar desempenho em escala, o que inviabiliza projetos que exigem treinamento intensivo, inferência em tempo real e […]


    27/11/2025
  • plano de fundo de programacao com pessoa trabalhando com codigos no computador
    Desenvolvimento de Sistemas

    Por que um checklist de deploy em TI é realmente importante?

    Qual a importância de um checklist de deploy em TI no mercado moderno? Na prática, o deploy representa não só um comando de linha de código, mas o ponto de contato mais sensível entre o desenvolvimento (Dev) e a operação (Ops).  Ou seja, trata-se da etapa que leva um novo software, funcionalidade ou serviço digital […]


    21/11/2025
  • equipa empresarial que colabora no desenvolvimento de iniciativas de cultura corporativa scaled 1
    Métodos Ágeis e Inovação

    O que é PLG? Entenda a abordagem Product Led Growth

    Empresas como Asana, Zoom e Dropbox adotam a abordagem de utilização de crescimento da organização focada no produto. Em linhas gerais, isso explica o que é PLG ou Product Led Growth (Crescimento Orientado pelo Produto).  Trata-se de uma metodologia indispensável para empresas que desejam escalar suas operações de forma sustentável, representando uma mudança cultural e […]


    13/11/2025
Ver todos os posts >