Guia completo: gestão de riscos da segurança da informação de A a Z

Conceitos da Gestão de Riscos da Segurança da Informação

A quantidade de dados sensíveis armazenados e processados, sobretudo com o aumento de dispositivos conectados, redes sociais e tecnologias de Internet das Coisas (IoT), indica o motivo pelo qual dominar os conceitos de gestão de risco da Segurança da Informação é tão essencial no novo cenário da TI, seja para profissionais, seja para empresas contratantes. 

Embora agora existam outras nuances inseridas na gestão de riscos da informação e privacidade, como a adequação da organização à LGPD, o domínio dessa atividade é uma prática comum e necessária às empresas.

Neste conteúdo, vamos explorar com mais detalhes o tema, abordando seus conceitos e com dicas para o desenvolvimento relacionado com a especialização. 

Para isso, você vai ler por aqui um guia completo que passa pelos pontos abaixo: 

  1. O que é Segurança da Informação? 
  2. Conceitos-chave da Segurança da Informação.
  3. Quais são as fontes principais de requisitos de Segurança da Informação?
  4. O que é gestão de riscos da Segurança da Informação? 
  5. Principais componentes da gestão de riscos da segurança da informação.
  6. Como expandir meu conhecimento em gestão de riscos na Segurança da Informação? 

O que é Segurança da Informação? 

De acordo com a norma 27.002, a Segurança da Informação (SI) refere-se às estratégias de proteção existentes das informações de determinada empresa ou pessoa, conceito aplicado, assim, tanto às informações corporativas quanto às pessoais. 

Trata-se do conjunto de ferramentas e táticas capazes de garantir a segurança dos dados de uma empresa no mundo virtual. 

O principal objetivo da SI é minimizar os perigos de ameaças físicas e digitais, bem como assegurar o ciclo de vida dos dados organizacionais, afastando-os de influências externas, como vírus, invasões e outras diferentes formas de ataques de cibercriminosos.

Para a implementação de uma boa segurança da informação, que resguarde eficientemente os dados, a TI se vale de conceitos essenciais dessa abordagem, os quais você confere logo abaixo. 

Conceitos-chave da segurança da informação

De acordo com a norma 27.002, existem conceitos preponderantes da Segurança da Informação que articulam a proteção de dados e ativos. São eles: 

1) Confidencialidade 

Quando se fala em segurança da informação, é preciso pensar que ela está associada à confidencialidade como pilar desenvolvedor. De forma prática, é a garantia de que agentes sem autorização não terão acesso aos dados institucionais.

2) Disponibilidade 

Significa dizer que os dados devem estar disponíveis de acordo com a necessidade. Sempre que ela existir, deve ser possível acessá-los.

3) Integridade 

Funciona como um tipo de certificação, de que uma informação uma vez armazenada não poderá sofrer quaisquer tipos de alteração.

4) Autenticidade

Um dos últimos, mas não menos importantes, pilares que envolvem a gestão de riscos da segurança da informação é a capacidade de garantir que a informação seja verdadeira. Assegurar que certa informação pertence a A ou B e determinar uma autoria específica, provando que o objeto avaliado não tenha passado por alguma alteração indevida. 

5) Não repúdio 

É a propriedade que garante a impossibilidade de negar a autoria em relação a uma transição anteriormente feita.

6) Conformidade 

Propriedade que garante que o sistema deve seguir as leis e os regulamentos associados a esse tipo de processo. 

Quais são as fontes principais de requisitos de Segurança da Informação

Existem três fontes principais de requisitos de SI:

  1. Uma fonte é obtida com base na avaliação de riscos para a organização, levando em conta os objetivos globais de negócio da organização; 
  2. A legislação vigente, os estatutos, a regulamentação e as cláusulas contratuais que a organização, seus parceiros comerciais, contratados e provedores de serviço têm de atender, além de seu ambiente sociocultural;
  3. A terceira fonte são os conjuntos particulares de princípios, objetivos e os requisitos do negócio para manuseio, processamento, armazenamento, comunicação e arquivo da informação que uma organização tem que devolver para apoiar suas operações. 

O que é gestão de riscos da Segurança da Informação? 

Em uma perspectiva geral, risco é o desvio de curso dos objetivos esperados pelos gestores de um negócio decorrente, em sua maioria, de vulnerabilidades e circunstâncias adversas internas ou externas à organização. 

Em outras palavras, representa uma condição que, ao ocorrer, reflete em efeitos, ora positivos, ora negativos, para a operação e o propósito das empresas. Nesse último caso, devem ser corrigidos em tempo hábil ou prevenidos. 

Para que haja a mitigação desses contextos, as equipes da operação corporativa devem saber identificar as ameaças a seus setores e atuar para combatê-las, sabendo que, normalmente, são avaliadas no quesito gravidade da seguinte forma:

  • A probabilidade de que a ameaça se materialize;
  • O impacto que esse risco tem sobre os objetivos do projeto.

Agora, quando se fala em gestão de riscos em relação à Segurança da Informação, é necessário compreender que cada empresa pode aplicar rotinas diferentes de contenção de eventos disformes, mesmo que se embase na mesma norma, como a 27.005. Nesse sentido, o gestor de Segurança da Informação precisa conhecer sua empresa e aplicar uma orientação personalizada contra os riscos que esteja alinhada aos demais processos gerais de gestão de riscos corporativos e à consciência de que eles sempre existirão. Portanto, o papel do gestor de SI é buscar reduzir esses riscos a patamares aceitáveis à organização.

Dessa forma, a abordagem sistemática é necessária para identificar as necessidades da organização em relação aos requisitos de segurança da informação e para a criação do Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI).

Portanto, a gestão de riscos de Segurança da Informação representa um processo contínuo, que envolve a identificação, avaliação e mitigação dos riscos relacionados com a segurança dos dados em uma organização. Assim, como em uma gestão de riscos geral, seu objetivo é a proteção e a análise dos riscos positivos e negativos de uma organização. Entretanto, nesse caso, a proteção é orientada para a mitigação de danos às informações sensíveis das empresas e de seus usuários. Além disso, é seu dever assegurar a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados, sendo um pilar essencial à implementação e à operação cotidiana de um SGSI.

O processo de gestão de riscos envolve a aplicação sistemática de políticas e procedimentos para as atividades de comunicação e consulta; o estabelecimento de contexto e avaliação; tratamento, monitoramento e análise crítica do risco; registro e relato dos riscos de um negócio. 

Principais componentes da gestão de riscos da Segurança da Informação

Implementar uma gestão de riscos da SI adequada não trata apenas do uso de firewalls e antivírus, mas, sim, de adotar uma abordagem estratégica e holística para identificar, avaliar e atenuar os perigos que podem comprometer a segurança dos dados. 

A seguir, vamos explorar os componentes fundamentais desse processo, destacando a importância de cada etapa para a construção de uma defesa robusta e adaptável contra as ameaças digitais, em constante evolução.

  1. Identificação de ativos e vulnerabilidades – o primeiro passo dessa estruturação é definir os ativos de informação da organização, como dados, sistemas, redes e dispositivos. Além disso, é crucial identificar as vulnerabilidades que podem ser exploradas por ameaças.      
  2. Avaliação de ameaças e vulnerabilidades – uma vez identificados os ativos e as vulnerabilidades, é necessário avaliar as ameaças que podem afetar esses elementos. Isso envolve considerar potenciais eventos adversos, como ataques cibernéticos, desastres naturais ou falhas no sistema. 
  3. Análise de riscos – com base na avaliação das ameaças e vulnerabilidades, realiza-se uma análise para determinar a probabilidade de ocorrência de riscos e seu impacto potencial. Tal prática ajuda a priorizar aqueles mais críticos e alocar recursos adequadamente. 
  4. Desenvolvimento de estratégias de mitigação depois de entender e estudar os riscos, é crucial desenvolver estratégias para mitigar ou reduzir esses eventos a níveis aceitáveis. A ação pode envolver a implementação de controles de segurança, políticas, treinamento de funcionários e outras medidas preventivas.
  5. Implementação e monitoramento – estratégias de mitigação são implementadas, e o ambiente é monitorado continuamente para garantir que o controle esteja funcionando conforme o planejado. A detecção precoce de potenciais ameaças permite uma resposta rápida e eficaz.
  6. Reavaliação regular a gestão de riscos é um processo contínuo. É essencial reavaliá-la regularmente à medida que o ambiente de ameaças e a tecnologia evoluem. Com isso, é possível ajustar as estratégias de mitigação conforme o necessário.
  7. Conformidade legal e regulatória –  a gestão de riscos da segurança da informação também está relacionada com o cumprimento de leis e regulamentações pertinentes à privacidade e segurança da informação, como o GDPR, na União Europeia, ou a LGPD, no Brasil.

Ao adotar uma abordagem abrangente de gestão de riscos da segurança da informação, as organizações podem fortalecer suas defesas contra ameaças cibernéticas e proteger seus dados críticos. 

A postura é necessária para certificar a continuidade dos negócios, bem como para auxiliar a construção de credibilidade da empresa em relação a seus stakeholders clientes, parceiros e fornecedores, por exemplo. 

Como expandir meu conhecimento em gestão de riscos na Segurança da Informação? 

A ESR promove o curso “Gestão de Riscos de Segurança da Informação e Privacidade”, que dá ao aluno a capacidade de propor técnicas de controle de segurança da informação para tratar e mitigar as ameaças nas organizações. 

No treinamento, o participante aprende a identificar ameaças, vulnerabilidades e perigos associados à segurança da informação e a aplicar, de forma prática e dinâmica, a metodologia de gestão e análise de riscos em sua organização.

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Sobre a Escola Superior de Redes (ESR)

A Escola Superior de Redes (ESR) promove a capacitação, o desenvolvimento profissional e a disseminação de conhecimento de tecnologia da informação para todo o Brasil há mais de 16 anos. 

Durante sua trajetória, já atendeu a mais de 1.100 instituições, além de ter contribuído para a capacitação de mais de 40 mil alunos.

A escola, única parceira do maior instituto de cibersegurança do mundo, o SANS,

oferece mais de 100 cursos, distribuídos em diferentes trilhas de conhecimento.

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