Segurança de infraestrutura para trabalho remoto: boas práticas

Segurança de infraestrutura para trabalho remoto: boas práticas

Segurança de infraestrutura sempre foi um assunto relevante para o respeito aos dados trabalhados pelas organizações. No entanto, no contexto da pandemia em que grande parcela da população migrou para um modelo de trabalho remoto — mesmo que temporariamente —, a infraestrutura, seus serviços e fluxos de trabalho precisaram ser reavaliados.

Muitas organizações sentiram na pele, e de forma muito rápida, uma necessidade urgente de estruturar, normatizar e avaliar suas infraestruturas, pensando especialmente na manutenção dos requisitos de segurança, operação e qualidade mesmo durante o home office dos colaboradores.

Confira a seguir algumas boas práticas de segurança de infraestrutura de tecnologias da informação no modelo de trabalho remoto.

 

A sua infraestrutura está preparada?

O primeiro ponto de entendimento que se faz necessário está relacionado ao que é considerado como um bom preparo de segurança de infraestrutura. Normalmente leva-se em conta os níveis de criptografia dos sistemas, ou então os resultados de testes invasão ou e-mails maliciosos. 

E sim, estes são pontos que devem ser considerados. No entanto, no cenário atual, há que se pensar para muito além disso, avaliando também que as pessoas estão utilizando o servidor da empresa dentro de suas casas, ou seja, com uma rede diferente da organização, ou então estão trabalhando diretamente com seus equipamentos pessoais e até dispositivos móveis, seguindo as práticas de BYOD.

Assim, o preparo para um contexto como este passa a exigir que seja montada uma força-tarefa para colocar em prática a manutenção e segurança de infraestrutura. Os cuidados devem ser intensificados com o preparo das equipes e até dos dispositivos, se isso for possível na sua organização, e as políticas de utilizar dispositivos próprios devem ser bastante alinhadas dentro da empresa.

 

Alinhamento de gestão para segurança de infraestrutura

A execução dos trabalhos de atendimento, com instalação, manutenção e recepção de equipamentos e materiais não pode ser interrompida, mesmo em situações de extrema vulnerabilidade como a pandemia.

As equipes precisam continuar implementando soluções e realizando os atendimentos, porém entra aqui um ponto essencial que é o alinhamento da gestão. Na pandemia — e em outras situações que venham a acontecer similares a esta —, é preciso minimizar os impactos de interação entre as pessoas.

 

Aqui, algumas dicas de boas práticas são:

  • garantir que as pessoas estarão preparadas e capacitadas para a realização dos atendimentos e tratamentos de incidentes;
  • definir escalonamento entre os funcionários que irão atuar em cada frente;
  • mensurar colaboradores em grupo de risco para direcioná-los a atendimentos com menor interação humana;
  • dimensionar atuação em setores compartilhados para enviar a menor equipe possível para trabalhar em cada local e evitar aglomerações;
  • averiguar a real necessidade de deslocamento de uma equipe para cada acionamento realizado;
  • implementar técnicas como Port Mirroring para identificar remotamente a situação da rede e evitar o deslocamento em casos desnecessários;
  • avaliar acordos de SLA visando maior flexibilidade para atuação em situações de calamidade, priorizando atendimento a setores essenciais.

Confira o webinar sobre segurança de infraestrutura promovido pelo Ponto de Presença da Rede Nacional de Pesquisa na Bahia (PoP-BA/RNP) e entenda um pouco mais a fundo sobre como aplicar essas diferentes práticas na sua equipe.

 

Atendimento remoto e controle da infraestrutura por VPNs

Para auxiliar as equipes e gestores no desenho de planos de contingência para segurança de infraestrutura durante o trabalho remoto uma boa prática recomendada é o desenvolvimento do Plano de Controle.

Este plano garante a possibilidade de as equipes obterem acesso aos equipamentos (sejam eles roteadores, switches ou servidores, por exemplo) para diagnosticar, verificar e promover a recuperação de falhas na infraestrutura. Com base nisso será possível entender se é necessário deslocar um profissional presencialmente ao local ou não.

O serviço de VPN é um grande aliado das equipes de segurança de infraestrutura neste momento, pois agrega aos sistemas o acesso remoto, a confidencialidade, a integridade, a autenticidade e o não repúdio da informação

Todos configuram requisitos de segurança essenciais para tornar um serviço ou setor remoto, ou seja, no contexto da pandemia permitem tanto a migração por parte das empresas para este modelo, quanto o acesso por parte das equipes de segurança de infraestrutura para a realização da manutenção nesses sistemas.

O serviço de VPN pode ser utilizado para:

  • acesso ao serviço da organização através de um túnel de criptografia para utilização dos serviços remotos;
  • integração de localidades;
  • acesso a plataformas externas utilizadas pela organização.

 

Serviços como registro de ponto, controle de entrada e saída de materiais e outros que antes eram totalmente presenciais passam também a ser executados de forma remota por meio do uso de VPN.

Importante lembrar que a implementação destes serviços exige preparo por parte das equipes responsáveis, sendo sempre importante contar com profissionais capacitados de TI para tal. Além disso é essencial manter em dia a auditabilidade e sempre medir a disponibilidade e a qualidade da VPN para diagnosticar o quão efetivo está sendo o acompanhamento dos serviços.

 

Atenção aos detalhes é fundamental

Um elemento que costuma passar despercebido quando em situações padrão é a forma como se dá a comunicação dentro das organizações. Para as equipes de segurança de infraestrutura, direcionar o olhar para isso é um padrão. 

No entanto, com as mudanças impostas pelo trabalho remoto, muitas organizações que antes tinham formas já estabelecidas de aplicar isso em suas rotinas precisaram migrar para o remoto e desenvolver novas formas seguras de mantê-las.

O canal “e-mail” tem sido visto como o mais crítico neste período de pandemia, pois o cenário anterior possibilitava uma comunicação muito mais rápida e sem grande estrutura de dados por telefone, por exemplo, ou até mesmo pelo contato pessoal das equipes no escritório.

Com o isolamento imposto pela pandemia, as pessoas estão fisicamente distantes, o que impede esse acesso e leva tudo muito mais para o lado do digital, sendo o e-mail o principal canal utilizado. Além do e-mail, entra também como um ponto de atenção o uso de aplicativos para comunicação empresarial, pois isso pode provocar maior vazamento de dados e descentralização das informações institucionais reduzindo a segurança.

Por conta disso, e pensando em manter a segurança de infraestrutura, não se recomenda o compartilhamento de arquivos confidenciais, senhas e demais dados sensíveis via dispositivos móveis pessoais ou mesmo via aplicativos. O que sim, se recomenda fortemente, é a aplicação do gerenciamento de configurações, considerados essenciais no momento da pandemia para otimizar o dia a dia dos profissionais.

 

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