Gerenciamento das Incertezas em processos de Inovação

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Gerenciamento das Incertezas em processos de Inovação

Processos de inovação vêm acompanhados de uma série de elementos positivos, como a mudança, a novidade e o inédito, mas também de inúmeras adversidades que surgem pelo caminho. O gerenciamento das incertezas que surgem no processo inovativo é uma tarefa árdua mas que cabe a todos aqueles que, independente da área de atuação ou das experiências prévias, decidiram empreender em novas jornadas.

Preparo emocional para lidar com as incertezas é algo essencial na trajetória do empreendedorismo, da liderança de projetos e da inovação. No entanto muitos profissionais que estão neste caminho sequer sabem diferenciar o conceito de um outro também bastante comum neste universo que é o de “riscos”.

Neste conteúdo, nosso objetivo é empoderar você para que esteja ciente de diferentes exemplos do que pode ocorrer na sua trajetória dentro da TI. É evidente que não pretendemos aqui prever ou premeditar qualquer aspecto relacionado à sua história em especial, até porque isso não seria possível. O intuito é, então, versar um pouco sobre o que são incertezas e como elas podem ser contornadas quando vierem a acontecer.

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Gerenciamento das incertezas vs Gerenciamento dos riscos

Para começar, é fundamental destacar e reforçar este aspecto relacionado à gestão das incertezas: seu diferencial para o que se entende por riscos. 

Dentro de um processo de inovação, uma ação possível de segurança para o negócio é a previsão de situações que podem dar errado para poder se prevenir contra elas. Aqui estamos falando em riscos. Um risco é algo que o profissional sabe que corre ou que tem potencial para correr dentro da sua realidade, mercado e nicho.

É como se estivéssemos falando de uma fintech que oferece transações bancárias com taxas mais baixas e conta digital diante de um cenário de surgimento do Pix, por exemplo. O Pix está sendo desenhado pelo Banco Central já há algum tempo, o que coloca empreendedores de um negócio nessa área em um status de identificação de risco.

A chegada da pandemia de coronavírus, por exemplo, é algo impossível de prever ou definir previamente um plano de ação. Não se sabe quando uma pandemia vai começar, quanto tempo vai durar e nem que impactos efetivamente terá no mercado e consequentemente no seu negócio. Por isso, trata-se de uma incerteza.

Há que se pensar que, a partir da ocorrência desta pandemia, as empresas possam estar mais preparadas em próximas ocasiões semelhantes. Ter a experiência e vivenciar uma crise ajuda a desenvolver nos empreendedores essas habilidades emocionais e a capacidade para tomada de decisão a partir de cenários mais analíticos e práticos, o que contribui significativamente para o gerenciamento das incertezas em ocasiões futuras.

Compreendendo a inovação como processo

O segundo ponto essencial dentro deste caminho é o de entender a inovação como um processo, e não como um fato ou uma fórmula. No mundo da TI tudo é muito exato, porém é preciso entender que na inovação as coisas não se dão necessariamente desta forma. Não há um único caminho correto a ser seguido, muito pelo contrário: a inovação prevê a coexistência de diversas ideias que juntas conduzem ao que se espera como resultado.

Novamente, importante salientar que não há também um único resultado, mas diversos. Ao iniciar ou conduzir um processo de inovação, normalmente os envolvidos desejam solucionar algum problema, encontrar uma forma mais ágil de fazer alguma coisa que já existe ou até mesmo ter a ideia do milhão criando algo que ninguém nunca pensou.

Antes de prosseguir com o raciocínio, entenda uma coisa: não se cria algo que ninguém nunca pensou. Tudo que você pensar já existe de alguma forma, para algum público e atende a alguma necessidade mapeada. Este é um ensinamento precioso do livro “Roube como um artista — 10 dicas sobre criatividade”, de Austin Kleon, que pode ser aplicado também quando se estiver pensando em inovação.

Indo adiante, ao buscar qualquer um dos três objetivos comentados anteriormente, você pode estar pensando que é possível, sim, chegar a um resultado. Se eu estou tentando solucionar um problema e consigo, eis o meu resultado. Se eu encontro uma forma mais ágil de realizar uma tarefa, aí está novamente a minha conquista.

Esse raciocínio não deixa de estar correto. No entanto, ao pensar na inovação como um processo, entende-se que cada descoberta e cada etapa é uma forma de resultado. Então, temos, sim, diversos resultados diferentes no decorrer do caminho.

Importância da gestão diante do gerenciamento das incertezas

Como já mencionado, são diversas as possibilidades de incertezas dentro dos processos de inovação. Assim, caberá à gestão destes projetos compreender esse cenário e trabalhar com ele da melhor forma possível. Segundo apresentado no artigo científico “Gestão da incerteza e incerteza na gestão: a inovação como processo”, podem existir duas formas principais de conduzir processos de inovação já visando a existência de riscos e incertezas.

A primeira delas é por meio do que os autores chamam de selecionismo, onde se conduz mais de uma opção de caminho em paralelo para garantir maiores chances de sucesso; e a segunda é a de tentativa e erro, onde já imaginando que alguns elementos podem fugir do controle, busca-se planejar parcialmente as ações e acertar o máximo possível sem deixar de se arriscar ou sem privar nenhum tipo de ideia.

Um destaque interessante abordado pela pesquisadora Alessandra Bezerra de Melo é o de que a incerteza é o que move o mundo. É com base em perguntas, questionamentos, dúvidas e inquietações que tudo que é novo surge. Por isso, não se deve considerar as incertezas somente como algo ruim, elas têm seu lado positivo e devem receber a devida atenção para que evoluam de forma satisfatória para o projeto.

Trazendo todas essas perspectivas para um cenário de desenvolvimento de projetos de software, identifica-se que o preparo emocional aliado à capacidade técnica dos gestores devem ser afinados o suficiente para lidar com o gerenciamento das incertezas. 

Habilidades como a reação rápida para elaborar soluções; o saber dialogar com todos os envolvidos para entender por onde pode ser o melhor caminho; e o conhecimento técnico sobre o projeto em si para dar opiniões que geram valor serão essenciais em líderes que queiram desenvolver processos de inovação dentro da área de TI.

É fundamental estar aberto a errar dentro de processos de inovação, e compreender que dessas falhas podem vir aprendizados muito grandes para a sua carreira. Algumas sugestões de cursos que você pode realizar neste sentido são o de Design Thinking, para falar sobre processos de inovação, e o de Scrum, aí para o gerenciamento de projetos com previsão de incertezas.

Confira nosso calendário de cursos e inscreva-se agora mesmo para se capacitar ainda mais e estar apto a liderar processos de inovação fazendo o gerenciamento das incertezas.

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