Quando uma organização e seus colaboradores conhecem a abordagem e as etapas gerais do Design Thinking, a tomada de decisão da organização se dá de forma mais ágil e inovadora.
Por isso, essa forma criativa de resolução de problemas se encaixa tão bem na rotina corporativa, pois, cada vez mais, o mercado demanda dinamismo e que as coisas sejam feitas através de um caminho diferente do já conhecido.
Embora seja bastante popular entre empreendedores, startups e empresas de todos os tamanhos , o design thinking pode ser aplicado para qualquer área. Inclusive, é uma prática bastante benéfica para o desenvolvimento pessoal ou para o aperfeiçoamento da comunicação entre membros de uma mesma equipe.
Neste artigo vamos elencar as principais etapas do design thinking, bem como um dica certeira para que você as implemente na execução dos seus projetos.
O que é Design Thinking?
Provavelmente você já ouviu falar deste termo, certo? Afinal, ele permeia o vocabulário de diversas empresas no Brasil e do mundo.
Como o nome indica, essa é uma abordagem de resolução de problemas que utiliza ferramentas e o modus operandi do design, para encarar um desafio por meio de uma visão projetizada com viés criativo, unindo propósito e foco na resolução de problemas.
A ideia é que as reflexões acerca de um desafio priorizem uma abordagem não linear, flexível, criativa e complexa. Para isso, o design thinking coloca o potencial humano em evidência e esmiúça todos os aspectos deste contratempo, desde a sua identificação, compreensão até a solução dos conflitos.
Katja Tschimmel, consultora e instrutora executiva, assim define o conceito: “O Design Thinking é hoje entendido como um processo de pensamento para conceber novas realidades, expressando a introdução da cultura do design e seus métodos em áreas como a inovação empresarial, social e do ensino”
Na prática, normalmente o design thinking é associado a post-its coloridos e mapas mentais. Entretanto, vai além disso e assume variadas formas, desde que atenda a alguns pré-requisitos básicos:
- É uma abordagem colaborativa, por isso demanda que a equipe converse e comunique suas ideias e percepções;
- É aplicada em grupos que sejam multidisciplinares e com integrantes com bagagens culturais diversas. Isso acarreta em soluções mais inclusivas e que abarcam um universo maior de possibilidades;
- Permite que todos os participantes sejam protagonistas do processo;
- Prioriza as necessidades reais dos indivíduos
É a partir disso e também da associação à exercícios de engajamento , que as etapas do design thinking são capazes de criar soluções mais inovadoras para os consumidores finais ou para os processos internos das empresas.
Para o meio da tecnologia o design thinking é uma ótima forma de voltar a mentalidade dos desenvolvedores e demais profissionais para o usuário e sua experiência. Inclusive, Anill Tibe, cientista em Inteligência Artificial, ratificou a importância de integrar a área de ciência de dados às estratégias de design thinking, como forma de encontrar respostas para problemas que sempre ocorrem com equipes de Data Science.
As 5 etapas do design thinking
Não é novidade que o mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico! Para manter vantagens competitivas e sobrevida neste contexto, as empresas precisam ser ágeis e, sobretudo, inovadoras. O que significa dizer que suas soluções precisam representar, de fato, alguma melhoria para o seu consumidor ou para a sociedade. Entenda como as etapas do design thinking contribuem para esse objetivo.
1) Imersão ou etapa da empatia
Nesta etapa do design thinking, o objetivo é compreender, através de um olhar empático, qual é o cenário do problema enfrentado pela organização e seus clientes, ou o cenário ao qual se deseja inserir um novo serviço ou produto.
Os participantes, de forma livre, buscam elementos que os auxiliam a enxergar vários lados de uma mesma situação. É aqui, por exemplo, que há busca por referências sobre temas relacionados e por pontos de vista da empresa e também dos consumidores ou usuários finais.
Geralmente, ferramentas como mapa de empatia, entrevistas, e benchmarking são bastante utilizados.
Podemos dizer que a primeira etapa equivale a um mergulho em direção ao problema.
2) Etapa da análise e da objetividade
A partir das informações coletadas, o design thinking precisará sintetizar o que foi discutido na etapa anterior para, de fato, delinear o problema.
Podemos dizer que é neste momento que há a separação do “joio e do trigo”. O objetivo da análise é entender quais dados, referências e conteúdos compilados agregam valor às estratégias de resolução do conflito, ou contribuem para as estratégias de criação de um novo produto, serviço ou processo.
3) Etapa da ideação
A ideação compreende a geração de ideias alinhadas com os desafios priorizados na etapa anterior e a apresentação das mesmas, sem julgamento.
Portanto, indica-se que os colaboradores pensem fora da caixa e ousem em suas explanações. E é exatamente por isso que o design thinking demanda uma equipe multidisciplinar, diversa e heterogênea.
Ferramentas como brainstorming , cardápio de ideias e matriz de posicionamento podem potencializar essa fase. Para tanto, é importante que ninguém se sinta constrangido e que a comunicação ocorra livremente entre os membros do projeto.
Nesta ocasião, pontos que precisam ser aprimorados também podem ser identificados.
4) Etapa do protótipo
Após percorrer todos esses caminhos, a equipe seleciona oficialmente as ideias mais produtivas frente à resolução do problema.
Além disso, há a definição dos planos de ação, metas do projeto, bem como a testagem dos protótipos dos produtos e serviços criados através do design thinking.
Somente após os testes, que podem conter várias fases e períodos de comparação entre uma opção e outra, é que os colaboradores decidem se uma ideia está apta a ser implementada imediatamente ou deve passar por melhorias.
5) Etapa da implementação
A última etapa do design thinking é a mais aguardada entre gestores e colaboradores de uma organização.
Afinal, é na implementação que a ideia ou solução de problema, desenvolvido por todas as demais fases anteriores, é apresentada ao público.
Após a testagem, há a garantia de que o projeto está apto a ser lançado no mercado ou que a solução está pronta para ser utilizada nos processos internos do negócio.
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De modo geral, o importante das etapas do design thinking é a adequação da técnica às especificidades de cada empresa e de cada projeto.
Como uma alternativa mais criativa de resolução de problemas ou de criação de produtos, serviços e processos mais arrojados, a atividade acaba impulsionando o desenvolvimento de outras áreas do negócio.
É bastante comum, por exemplo, que a comunicação, o trabalho em equipe, o aprendizado contínuo, dentre outras habilidades, sejam potencializadas empresas que usam o design thinking.
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