Vagas abertas: Garanta seu lugar nas próximas turmas!

Acessar turmas Fechar

As 5 principais etapas do Design Thinking

Etapas do Design Thinking

Quando uma organização e seus colaboradores conhecem as etapas do Design Thinking, a tomada de decisão se torna mais ágil, inovadora e centrada no usuário.

Essa abordagem criativa de resolução de problemas se encaixa perfeitamente na rotina corporativa, sobretudo em áreas que demandam dinamismo, como TI, ciência de dados e empreendedorismo digital. Afinal, pensar diferente do “caminho tradicional” passou a ser uma necessidade competitiva.

Embora seja popular entre startups e negócios digitais, o Design Thinking pode ser aplicado em praticamente qualquer setor, inclusive em órgãos públicos que buscam modernizar processos ou em equipes multidisciplinares que precisam alinhar os desafios que necessitam de resolução e gerar soluções inovadoras.

Neste artigo, você vai compreender o conceito, visualizar suas principais fases e conhecer ferramentas para aplicar a abordagem do Design Thinking de forma prática em projetos de tecnologia e inovação.

O que é Design Thinking?

Como o próprio nome sugere, o Design Thinking é uma abordagem que combina ferramentas e métodos do design para resolver problemas de maneira criativa, colaborativa e não linear.

A ideia central é enxergar o desafio sob diferentes perspectivas, priorizando sempre as necessidades reais das pessoas envolvidas, ou seja, dos potenciais usuários. 

Por isso, essa metodologia coloca a capacidade humana em evidência, unindo criatividade e empatia na busca por soluções que resolvem os problemas reais.

A especialista no tema Katja Tschimmel define o conceito como “um processo de pensamento para conceber novas realidades, expressando a introdução da cultura do design e seus métodos em áreas como inovação empresarial, social e do ensino”.

Na prática, ele não se resume a post-its coloridos e mapas mentais. É um processo que, aplicado corretamente, deve atender a pré-requisitos como:

  1. Ser uma abordagem colaborativa, por isso demanda que a equipe converse e comunique suas ideias e percepções.
  2. Ser aplicado em grupos multidisciplinares e com integrantes com bagagens culturais diversas. Isso acarreta soluções mais inclusivas, que abarcam um universo maior de possibilidades.
  3. Permitir que todos os participantes sejam protagonistas do processo.
  4. Priorizar as necessidades reais dos indivíduos.
  5. Colocar as necessidades humanas no centro do debate.

É com base nesses temas e nas dinâmicas de engajamento dos times que as etapas do Design Thinking são capazes de criar soluções mais inovadoras para os consumidores finais ou para o aprimoramento dos processos internos das empresas. 

Assim, para times de tecnologia, o Design Thinking é uma ótima forma de voltar a mentalidade dos desenvolvedores e dos demais profissionais para compreender as necessidades dos usuários e os possíveis atritos em suas experiências. 

Inclusive, Anill Tibe, cientista em Inteligência Artificial, ratificou a importância de integrar a área de ciência de dados às estratégias de Design Thinking como forma de encontrar respostas para problemas que sempre ocorrem com equipes de Data Science.

Por isso, a compreensão das etapas do Design Thinking é valorizada em equipes de tecnologia, em que a integração com metodologias ágeis e ciência de dados potencializa os resultados.

Leia também: Design Thinking na TI: benefícios e como implementar essa metodologia 

As 5 etapas do Design Thinking

Não é novidade que o mercado está cada vez mais acelerado e os usuários, mais exigentes. 

Em outras palavras, isso significa dizer que as soluções corporativas precisam representar, de fato, alguma melhoria para seu consumidor ou para a sociedade.

Entenda, a seguir, como as etapas do Design Thinking contribuem para esse objetivo. 

1) Etapa da imersão ou etapa da empatia

Nessa etapa do Design Thinking, o objetivo é compreender, por meio de um olhar empático, qual é o cenário do problema enfrentado pela organização e seus clientes ou o cenário no qual se deseja inserir um novo serviço ou produto. 

Os participantes – por meio de avaliações como Pesquisa Desk, observação e entrevistas com usuários – buscam elementos que os auxiliam a enxergar vários lados de uma mesma situação. É aqui, por exemplo, que há busca por referências sobre temas relacionados e por pontos de vista da empresa e também dos consumidores ou usuários finais.  

Geralmente, ferramentas como Mapa de Empatia, Personas e Jornada do Usuário são bastante utilizadas. 

Podemos dizer que a primeira etapa equivale a um mergulho em direção ao problema.  

2) Etapa da análise ou etapa da decisão 

Com base nas informações coletadas, o Design Thinking precisará sintetizar o que foi discutido na etapa anterior para, de fato, delinear/delimitar o problema. 

Podemos dizer que é nesse momento que há a separação do “joio e do trigo”. O objetivo da análise é entender os dados, as referências e os conteúdos compilados sobre os atritos e as frustrações dos usuários, que, em seguida, poderão dar origem às estratégias de criação de um novo produto, serviço ou processo. 

É o momento de transformar uma massa de informações em decisão estratégica.

3) Etapa da ideação 

A ideação compreende a geração de ideias alinhadas aos desafios priorizados na etapa anterior com uma apresentação do que foi elaborado até então, sem julgamento. 

Portanto, recomenda-se que os colaboradores pensem fora da caixa e ousem em suas explanações. E é exatamente por isso que o Design Thinking demanda uma equipe multidisciplinar, diversa e heterogênea. 

Ferramentas como brainstorming, cardápio de ideias e matriz de posicionamento podem potencializar essa fase. 

Para tanto, é importante que ninguém se sinta constrangido e que a comunicação ocorra livremente entre os membros do projeto. 

Nessa ocasião, pontos que precisam ser aprimorados também podem ser identificados. 

4) Etapa do protótipo 

Depois de percorrer todos esses caminhos e etapas do Design Thinking, a equipe seleciona oficialmente as ideias mais promissoras para a resolução do problema. 

Além disso, há a definição dos planos de ação e das metas do projeto, bem como a testagem dos protótipos dos produtos e serviços criados por meio  da metodologia ágil

Somente depois dos testes, que podem conter vários ciclos e períodos de comparação entre uma opção e outra, é que os colaboradores decidem se uma ideia está apta a ser implementada imediatamente ou se deve passar por melhorias. 

5) Etapa da implementação 

A última etapa do Design Thinking é a mais aguardada entre gestores e profissionais de uma organização. 

Afinal, é na implementação que vem após o desenvolvimento das demais fases anteriores que a ideia ou a solução do problema é apresentada ao público. 

Depois da testagem, há a garantia de que o projeto está apto a ser lançado no mercado ou que a solução está pronta para ser utilizada nos processos internos do negócio. 

Design Thinking e outras metodologias de inovação

Quando falamos em metodologias de inovação, o Design Thinking não é a única opção. Ao longo dos últimos anos, outras abordagens ganharam espaço, como Lean Startup, Agile/Scrum e Design Sprint, cada uma com um foco distinto.

O ponto em comum entre elas é o alinhamento ao Manifesto Ágil, lançado em 2001, que estabeleceu princípios de colaboração, adaptabilidade e entrega de valor contínuo.

Mais de duas décadas depois, essas práticas continuam sendo exploradas, mas com diferentes graus de maturidade e resultados nas organizações.

Veja a comparação:

MetodologiaFoco principalAplicação típicaDiferença-chave
Design ThinkingUsuário e experiênciaCriação de soluções centradas no ser humanoBaseado em empatia, colaboração e prototipagem iterativa
Lean StartupProduto mínimo viável (MVP)Startups e novos negóciosValidação rápida de hipóteses de mercado
Agile/ScrumEntregas contínuasDesenvolvimento de softwares e projetos de TIGestão em ciclos curtos, com foco em adaptação
Design SprintValidação rápidaTestes de ideias em até 5 diasProcesso intensivo e de curta duração criado pelo Google Ventures

Entre essas opções, o Design Thinking se destaca pela flexibilidade e pela centralidade no usuário, mas, em muitos projetos, sua aplicação é ainda mais poderosa quando combinada com métodos ágeis ou o Lean Startup.

Tal integração aprimora o pensamento criativo, bem como valida e escala soluções em tempo recorde.

Leia também: 5 coisas que um profissional de agilidade não deve fazer

Qual a relevância da metodologia ágil e das etapas do Design Thinking para os próximos anos?

No evento Agile Trends 2025, a Deloitte entrevistou 422 profissionais de diversos setores para mapear o estado atual da transformação ágil nas empresas brasileiras. 

Com acesso a esses dados, Rafael Ferrari, sócio de Strategy & Business Design e líder de Soluções de Inovação da Deloitte, traçou um retrato que mostra que houve avanços importantes nesse contexto, mas também desafios persistentes.

De acordo com o profissional, os dados a seguir foram os de maior relevância do estudo: 

  • Apenas 32% das empresas se consideram totalmente ágeis, com práticas integradas e foco em resultados de negócio;
  • 37% adotam práticas estruturadas, mas ainda enfrentam barreiras de escala;
  • 17% estão em transição, expandindo práticas de forma gradual;
  • 13% ainda exploram agilidade em iniciativas isoladas, sem impacto sistêmico.

O que os números evidenciam é que “fazer ágil” não é o mesmo que “ser ágil”. Muitas organizações adotam rituais e frameworks, mas falham em gerar valor real. 

Assim, o foco para os próximos anos precisa ir além da adoção metodológica: é necessário conectar estratégia, cultura e execução.

Barreiras para a transformação ágil

Ainda conforme os resultados da pesquisa Deloitte, as principais dificuldades apontadas pelos respondentes em relação à implementação da agilidade foram:

  • 43% – resistência cultural.
  • 21% – barreiras estruturais e legados organizacionais.
  • 17% – dificuldade em evidenciar valor.
  • 13% – falta de clareza nos objetivos da transformação.
  • 8% – baixo engajamento da liderança.

Ou seja, a transformação não falha por falta de frameworks, mas pela ausência de propósito claro e resultados percebidos.

O papel da IA na agilidade

Nesse contexto, a inteligência artificial emerge como um vetor de profusão das etapas do Design Thinking. 

Quando a metodologia ágil é potencializada por inteligência artificial, amplia sua relevância como ferramenta de transformação digital. Ele deixa de ser apenas uma abordagem criativa e passa a integrar uma estratégia organizacional de ponta, capaz de conectar pessoas, processos e tecnologia em busca de inovação sustentável.

Um dado interessante, destacado por Rafael Ferrari, é que 70% das empresas já utilizam a inteligência artificial em algumas práticas ágeis, especialmente em atividades de planejamento e análise de dados. No entanto, a aplicação ainda é incipiente e exploratória.

Casos bem-sucedidos mostram que a IA pode ajudar na priorização de backlog, no PI Planning e em análises de produtividade, mas seu impacto estratégico ainda depende de maior maturidade.

Ou seja, a próxima onda da transformação ágil passa pela integração estruturada da IA como aceleradora da inovação e da eficiência organizacional.

——————————-

Conclusão

De modo geral, o importante das etapas do Design Thinking é a adequação da técnica às especificidades de cada empresa e de cada projeto. 

Como uma alternativa mais criativa de resolução de problemas ou de criação de produtos, serviços e processos mais arrojados, a atividade acaba impulsionando o desenvolvimento de outras áreas do negócio. 

É bastante comum, por exemplo, que a comunicação, o trabalho em equipe e o aprendizado contínuo, entre outras habilidades, sejam potencializados em empresas que usam o Design Thinking.

>>>> É da área da Tecnologia da Informação e deseja compreender como o Design Thinking pode otimizar seus projetos e carreira? Inscreva-se no curso da Escola Superior de Redes e aprenda os passos iniciais para a criação de modernos frameworks por meio de abordagens de inovação.

0 0 votações
Article Rating
Inscrever
Notificar
guest

0 Comentários
Mais novos
Mais velho Mais votado
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários