Ataques cibernéticos aumentam com o COVID-19: saiba como se proteger

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A pandemia do novo coronavírus não representa uma ameaça somente para os sistemas de saúde da maioria dos países do mundo, mas também se apresenta como um problema para a segurança de dispositivos e usuários conectados em todo o planeta.

Em tempos de confinamento e distanciamento social, o uso de aplicativos, softwares e plataformas online se tornou essencial para as atividades do dia a dia e para manter a rotina nas empresas. Com mais pessoas conectadas todos os dias, abrem-se as portas para ataques criminosos a indivíduos e organizações.

Não à toa, durante a crise da COVID-19, o número de ataques cibernéticos e tentativas de golpes aumentou consideravelmente. São criminosos que não só se aproveitam das brechas online, mas que também se aproveitam do temor e da desinformação das pessoas para roubar dados sigilosos e aplicar golpes financeiros.

Diante desse cenário, a Agência de Infraestrutura de Segurança dos Estados Unidos (CISA) emitiu um alerta sobre golpes virtuais, chamando a atenção sobretudo para o envio de mensagens com links e arquivos falsos ou que solicitam doações em nome de instituições e empresas conhecidas, como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) ou grandes universidades.

Não são só os golpes que preocupam. A aplicativo de videoconferência Zoom, por exemplo, um dos mais utilizados em todo o mundo, se viu em meio a escândalos envolvendo a privacidade dos usuários e das salas de reuniões virtuais das quais participavam. A situação é tão alarmante que empresas públicas e privadas do setor de saúde e até mesmo a OMS foram vítimas de tentativas de invasão durante a pandemia.

Por tudo isso, é fundamental que pessoas e organizações tenham cuidados redobrados com sua segurança virtual. Neste post, veja 8 medidas para se proteger durante a pandemia. Acompanhe!

1. Crie senhas fortes

Senhas fracas são um dos principais meios de ataques a contas e roubo de informações. Outro ponto que vale a pena ressaltar são os constantes vazamentos de informações de usuários de diferentes plataformas, o que também inclui a revelação de senhas.

A principal recomendação nesse sentido é criar senhas fortes, que combinem números, símbolos, letras maiúsculas e minúsculas. Além disso, é importante criar senhas diferentes para cada serviço. Assim, se houver algum vazamento ou tentativa de invasão, todas as outras contas seguem seguras.

Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pela PSafe, 5 em cada 10 brasileiros usam a mesma senha para diferentes serviços e contas online. Nos EUA, esse número chega a 66%.

Assim, aposte sempre em senhas poderosas. Para otimizar essa tarefa, utilize aplicativos específicos para a criação e armazenamento de senhas fortes e seguras, e, principalmente, o recurso de autenticação em duas etapas.

2. Mantenha o sistema atualizado

Muitas brechas de segurança ocorrem por um erro simples e corriqueiro: ignorar as atualizações do sistema. Embora muitas pessoas achem chato e alguns computadores podem ficam mais lentos enquanto instalam as versões mais recentes, manter a máquina em dia evitar falhas de segurança e garante a correção de possíveis falhas anteriores.

E isso não vale apenas para os computadores, como também para dispositivos móveis, como tablets e smartphones, especialmente aqueles utilizados para tratar de assuntos corporativos.

Outro ponto importante é sempre utilizar softwares originais, que enviam atualizações constantes e com a garantia de não terem sido alterados por terceiros.

3. Saiba identificar golpes

Fique atento também à chamada engenharia social. Trata-se de uma abordagem utilizada por criminosos para conseguir informações pessoais de pessoas por meio da exploração social ou psicológica das pessoas. Geralmente, são indivíduos que se passam por funcionários de grandes empresas, como telefonia, banco ou internet, ou que pedem acesso a locais restritos.

Em tempos de pandemia, o e-mail e as doações também têm sido bastante utilizados por cibercriminosos para roubar dados e informações pessoais e bancárias.

4. Utilize antivírus e firewall

Embora possam parecer algo banal, é fundamental contar com esses recursos instalados em todos os dispositivos. No entanto, não nos referimos a antivírus gratuitos e firewalls comuns, pois esses estão sempre um passo atrás dos ataques de cibercriminosos. Falamos de firewalls de última geração, especialmente os chamados Next Generation Firewalls (NGFW), capazes de barrar até mesmo ameaça ainda inéditas na internet.

É importante que, ao procurar pela melhor solução, que você procure aquela que ofereça diferentes camadas de segurança e que abranja diferentes frentes, como segurança de navegação, do dispositivo, da rede etc. 

Essas medidas de segurança devem ser adotadas também para dispositivos móveis, uma vez que smartphones têm se tornado o alvo preferencial de cibercriminosos.

5. Tenha VPNs

Especialmente indicado para empresas que possuem funcionários que trabalham remotamente, os VPNs são outra medida de proteção importante para manter dados e informações em segurança.

As redes privadas criptografam os dados do usuário e da conexão que ele utiliza, dificultando o acesso de hackers.Mesmo que a rede seja vítima de ataque, o uso de VPNs torna praticamente impossível de decifrar as informações que foram criptografadas.

6. Mantenha seus arquivos na nuvem

Ao contrário do que muitas pessoas mais leigas possam imaginar, o armazenamento em nuvem é uma alternativa segura para proteger documentos e outras informações. Isso porque, ao armazenar seus arquivos em um servidor online, você os protege de possíveis invasões ao seu computador e os mantém em um sistema com diversas camadas de segurança garantidas pelo servidor.

7. Faça backups frequentemente

Muitos malwares e ransomwares podem comprometer dados ou exigir uma formatação completa do dispositivo. Em um contexto corporativo, isso pode causar danos irreparáveis, inclusive com a perda de informações sigilosas.

Seja em nuvem ou em um HD, ao fazer backups periódicos, você garante que os dados estão em segurança e evita problemas perigosos, como ataques cibernéticos de sequestro de informações. Há casos em que hackers pedem recompensas pela devolução dos dados confiscados.

8. Ajude a estabelecer uma boa política de cibersegurança

A empresa que deseja manter-se protegida de ataques virtuais e softwares maliciosos precisa estabelecer uma política de cibersegurança série e bem feita. Isso significa envolver diferentes áreas da organização e elaborá-la conjuntamente, a várias mãos.

Para isso, é fundamental que a equipe de TI treine as pessoas, levando as boas práticas de segurança virtual para além da linguagem técnica do setor e fazendo com elas sejam compreensíveis para o usuário médio. Essa estratégia passa também pela reavaliação constante das políticas de segurança e acompanhamento das tendências mais atuais de proteção de dados e dispositivos.

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