Administração de sistemas e transformação digital: como os profissionais de TI podem se preparar para as demandas do mercado

Administração de sistemas na transformação digital

A transformação digital representa uma tendência consolidada no mundo corporativo e não se limita apenas à automação, como também abrange a adoção de uma estratégia completa voltada para a inovação e resultados, por meio da tecnologia e da análise de dados.

Para garantir um desempenho sólido nesse novo cenário, as empresas devem estruturar e trabalhar simultaneamente várias frentes, sendo as principais delas as relacionadas com a implementação de uma cultura organizacional capaz de promover a ausência de medo em relação às mudanças e estimular a constante adaptabilidade. 

Além disso, é crucial investir em setores-chave para manter esse processo ativo de forma contínua. Um dos departamentos indispensáveis nesse sentido é o da Tecnologia da Informação (TI), especialmente a administração de sistemas. 

Neste artigo, exploraremos o papel fundamental desse campo na transformação digital, bem como discutiremos o perfil do profissional de TI adequado para driblar desafios e construir caminhos inéditos, de acordo com cada realidade corporativa.

Você realmente sabe o que é transformação digital?

De maneira geral, podemos definir a transformação digital como o processo crescente de virtualização das atividades das organizações. 

O principal resultado da prática para os negócios se vê na maior eficiência operacional e de gestão, mas outras vantagens repercutem em toda a cadeia produtiva das empresas, como:  

  • Melhor posicionamento de mercado, por meio de uma atividade preditiva em relação à concorrência, ao comportamento do consumidor, aos processos internos e às novas tendências de mercado;
  • Otimização da experiência do consumidor e do usuário; 
  • Canais de comunicação e de compra integrados de forma fluida e natural.

Portanto, falar em transformação digital é abordar a capacidade que a automação – realizada por softwares variados – tem de converter tarefas repetitivas, burocráticas e com alto risco de falhas administrativas em atividades mecânicas e de rápida reprodução pela máquina. 

Auxiliar o gerenciamento e monitoramento de equipes, bem como otimizar a entrega de indicadores de forma simples e rápida nos equipamentos tecnológicos, é exemplo dessa transformação digital. 

Há várias formas de aplicar o conceito de transformação digital, por exemplo, nos serviços públicos. Segundo o Gov.Br, “transformação digital no governo significa oferecer um serviço público de qualidade, com menos gasto de tempo e dinheiro por parte do cidadão, para melhorar a vida daqueles que vivem e trabalham no Brasil (…) com a automação de serviços, o país reduz substancialmente as suas despesas anuais e torna a vida do cidadão mais fácil”. 

Já para a McKinsey, a transformação digital foi a principal responsável, em 2022, por movimentar ao menos uma das quatro peças-chave abaixo em variados tipos de empresa: 

  1. Modelos de negócio (novas formas de operar e novos modelos econômicos);
  2. Conectividade (engajamento em tempo real);
  3. Processos (foco na experiência do cliente, automação e agilidade);
  4. Analytics (melhor tomada de decisão e cultura de dados).

Dessa forma, para assumir um papel de destaque em relação à transformação digital, é necessário utilizar a automação, tecnologia e inovação para o aprimoramento contínuo de processos e experiências de consumo e serviço, tanto para os colaboradores do negócio quanto para os consumidores. 

Para tanto, são necessárias estratégia, capacidade, organização e cultura. É nesse sentido que a administração de sistemas possui um papel essencial na transformação digital, por tornar possível o desenvolvimento efetivo dessas quatro áreas.

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Qual o papel da administração de sistemas na transformação digital?

Inicialmente, precisamos entender a função da administração de sistemas e do profissional administrador. 

Esse especialista possui uma atuação visceral na estrutura das organizações, uma vez que planeja, organiza, dirige e monitora o desenvolvimento e alcance dos objetivos organizacionais. 

Com habilidades bastante apuradas e um olhar holístico para os processos dos negócios, o administrador de SI tem a função de interligar efetivamente os componentes necessários para atender às necessidades das empresas, sejam elas quais forem e no ritmo de mudança que se apresentarem. Em outras palavras, isso significa dizer que a administração de sistema é a área responsável pela administração, gerenciamento e suporte relacionados com a infraestrutura de TI, além da implementação, configuração e manutenção de sistemas computacionais variados.

Dessa forma, podemos dizer que a administração de sistemas de informação aborda três itens importantes que interagem entre si: administração, organização e tecnologia, e é exatamente por ter essa roupagem basilar que é tão fundamental para o desenvolvimento da inovação como uma estratégia de negócios, desempenhando um papel central na transformação digital das empresas.

Algumas principais funções desempenhadas por essa equipe neste contexto são:

1) Implantação e manutenção de infraestrutura tecnológica 

A administração de sistemas é responsável por implantar e manter a infraestrutura tecnológica necessária para suportar as iniciativas de transformação digital. Isso inclui servidores, redes, sistemas de armazenamento e outros componentes essenciais.

2) Segurança de dados

Com a crescente digitalização das operações empresariais, a segurança de dados tornou-se uma preocupação comum. 

Os administradores de sistemas, com a cibersegurança, são encarregados de criar estratégias e protocolos adequados para driblar incidentes e eventos maliciosos, implementando medidas como firewalls, criptografia e sistemas de detecção de intrusões.

3) Gestão de cloud 

Nos últimos anos, as empresas passaram a migrar, em larga escala, para a nuvem, o que representa um passo importante em suas transformações digitais.

A administração de sistemas atua na gestão de ambientes em nuvem, assegurando que os recursos sejam alocados de forma eficiente e que os dados estejam seguros.

4) Integração de sistemas 

À medida que novas tecnologias são introduzidas durante a transformação digital, é importante que esses sistemas se integrem de forma harmoniosa. Os administradores de sistemas são responsáveis por garantir a interoperabilidade entre sistemas e aplicativos.

5) Monitoramento e manutenção contínuos

Como dissemos anteriormente, a transformação digital é um processo contínuo. A equipe de administração de sistemas é vital para o monitoramento constante dos sistemas e para a realização de manutenção preventiva como forma de garantir que tudo funcione sem problemas.

É por meio dessa competência também que a administração antevê problemas e cria soluções de maneira inovadora, em um cenário com baixos riscos, visto que ainda não requer uma execução emergencial de atividades.

6) Suporte técnico 

Com a evolução das operações, que se tornam cada vez mais dependentes de sistemas digitais, surge a necessidade de prover suporte técnico ágil e eficaz. A equipe de administração de sistemas atua como a primeira linha de suporte, resolvendo problemas e garantindo que as operações não sejam interrompidas. Além disso, a administração de sistemas reflete no amadurecimento de um processo de transformação digital nas empresas, pois possibilita que a utilização de tecnologias, como cloud computing, big data, análise de dados, inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT) e automação, seja realizada  de acordo com um planejamento com objetivos e indicadores estratégicos.

Habilidades necessárias a um profissional administrador de sistemas 

Existem diversas áreas de atuação para um profissional de TI que deseja se especializar em administração de sistemas. É o caso de administrador de banco de dados (DBA), administrador de segurança, administrador de redes, entre outros.

Entretanto, mesmo diante de tantas possibilidades, há alguns conhecimentos básicos comuns ao escopo de trabalho desses profissionais, como:

  • Conhecimento de sistemas informáticos, principalmente Linux, redes de telecomunicação e cibersegurança; 
  • Solução de problemas de hardware e software, bancos de dados e serviços da web;
  • Capacidade de resolução de problemas, capacidade de análise e pesquisa e autonomia, entre outras.

Com tantas habilidades e competências desejadas para o preenchimento de vagas nesse setor, se especializar pode ser uma tarefa desafiadora. 

Por isso, mais importante que se dedicar a todas elas sem precisão e método é saber que a postura de aprendizado contínuo é que vai destacar ou não um colaborador de TI. Ou seja, a vontade de aprender e saber como fazer isso é fundamental para sua carreira.

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A Escola Superior de Redes (ESR) é líder em treinamentos e iniciativas educacionais para tecnologia, assim, promove capacitação, desenvolvimento profissional e disseminação de conhecimento de TI para todo o Brasil. Em mais de 16 anos de atuação, já contribuiu para a formação de 31 mil alunos, além de ter atendido cerca de 1.100 empresas. 

Os cursos, que passam dos cem, são distribuídos em diferentes trilhas de conhecimento, de modo a atender às necessidades e especificidades de cada usuário, em diferentes modalidades (presencial, semipresencial e remoto). 


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