Ao longo dos anos, a agilidade tem se tornado muito importante no meio corporativo, sendo considerada e adotada por diversas empresas como forma de aumentar a eficiência e a produtividade, sem deixar de lado a qualidade do produto ou serviço. Por isso, entender o que um profissional de agilidade não deve fazer em uma organização é essencial para os negócios atuais.
Nesse sentido, é importante lembrar que um profissional que atua nessa área precisa dispor de determinadas competências técnicas e, principalmente, comportamentais para implementar o conceito adequadamente.
Nesse artigo, abordaremos cinco ações que não devem ser reproduzidas por nenhum profissional que se especialize em agilidade.
O que não fazer quando se trabalha com agilidade?
1) Embate metodológico
Um dos princípios fundamentais da agilidade é o foco no cliente. É importante que o profissional esteja sempre atento às necessidades de seu consumidor e estabeleça com ele uma comunicação clara e assertiva.
Uma comunicação eficaz evita mal-entendidos e garante que todos estejam alinhados com o propósito e objetivo do projeto. Por isso, antes de defender determinada ferramenta ou metodologia e impor sua escolha pessoal procure entender, dentro das necessidades do time, o que faz mais sentido para eles e por que faz mais sentido.
Um embate saudável, no qual todos são ouvidos e não julgados, para tomar uma decisão coletiva sobre o ferramental utilizado é sempre bem-vindo. Dessa forma, criar um ambiente que não incentive essas trocas é uma das principais dicas do que um profissional de agilidade não deve fazer.
2) Achar que é bala de prata
Cada projeto ou produto é único e possui as próprias necessidades, características e indicadores ideais para mensurar seu desempenho. Nesse contexto, é importante que o profissional de agilidade esteja sempre disposto a adaptar a abordagem para melhor atender às necessidades específicas de cada projeto ou produto.
Afinal, a agilidade não é bala de prata. Nem sempre ela será a resposta unitária para um resultado mais assertivo, sendo necessário ter essa flexibilidade como competência.
3) Entrega por entrega
Um princípio fundamental da agilidade é o compromisso com a qualidade nas entregas. Porém, é comum que, em uma busca por entregas rápidas, esse propósito seja deixado de lado, tornando-se somente mais uma entrega.
Nunca se esqueça de que por trás dessa lógica existe um “por que isso é importante?” e “por que essa determinada entrega foi selecionada?” e se ela está relacionada com as estratégias de negócio da empresa.
A agilidade não é importante porque permite a realização de resultados mais rápidos por meio de suas metodologias e mindset. Ela é importante porque, com isso, a empresa terá um ROI mais rápido e assertivo. E isso faz toda a diferença para os stakeholders. Assim, você terá um equilíbrio entre entregas rápidas e qualidade, provando o verdadeiro valor da agilidade.
Não pensar no propósito e encadeamento das entregas é uma coisa que um profissional de agilidade não deve fazer em um negócio.
4) Não criar segurança psicológica
A mudança de mindset para uma transformação cultural e implementação das metodologias ágeis é intensa.
Você estará diante de pessoas que realizam atividades quase que de forma automática e talvez não estejam dispostas a mudar, afinal, toda mudança traz dor.
As renúncias exigidas pela mudança precisam ser cuidadas pelo profissional de agilidade. A segurança desse colaborador refletirá na segurança da liderança que, por consequência, dará segurança para que o time perceba que, por mais que uma mudança cause dor, ela também resulta em muito crescimento e desenvolvimento.
5) Achar que o MVP é priorização de backlog
O Minimum Viable Product (MVP) é a versão mais enxuta possível de uma solução. É fazer o suficiente para testar sua hipótese de negócio e decidir se deve MUDAR, PERSISTIR ou DESISTIR. Ou seja, é entender se há necessidade de adaptação ou se a empresa deve prosseguir ou abdicar da hipótese testada por meio do MVP.
Um erro muito comum e uma das coisas que o profissional de agilidade não deve fazer é considerar somente as funcionalidades presentes no MVP, em vez de priorizar o foco no propósito daquela determinada hipótese. Assim, o importante é definir se é do desejo e se faz sentido para seu cliente. O “como” e suas funcionalidades vêm depois.
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Para concluir, pense na agilidade para além do cinto de utilidades do Batman. Observe-a como uma forma de entregar valor que, quando amparada por métodos e um modelo mental, pode levar sua estratégia de negócio para mais perto de seu cliente, alinhando seus propósitos e colocando a empresa em vantagem competitiva com o mercado.
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