Web 3.0: o que é, impactos e benefícios da nova era da Internet

web 3.0

Em paralelo às regulamentações que buscam tornar a Internet mais transparente para empresas e usuários, ganha força a Web 3.0 – uma proposta de nova estrutura da rede que, por meio da descentralização com blockchain, pretende contribuir para a segurança dos dados digitais, além de outros benefícios. 

Neste conteúdo você entende melhor o que é a Web 3.0, os processos de evolução da internet, além dos principais impactos desse modelo para a área de TI. 

Acompanhe a leitura e descubra alguns pontos importantes acerca dessa aposta no mercado da tecnologia. 

O que é Web 3.0 

A enorme produção de dados da modernidade é o pano de fundo da chamada Web 3.0, ou simplesmente Web3.

Foi esse contexto que impulsionou os pesquisadores de tecnologia a pensarem em uma estrutura que possa aliar tecnologias avançadas, como inteligência artificial, machine learning e blockchain, à ideia de uma Internet mais segura, interativa e que interprete um maior número de dados. Ou seja, na Web 3.0 a interpretação acompanha a produção desses ativos. 

Com o objetivo de superar a estrutura atual, cunhada por muitos como internet de segunda geração, a Web 3.0 não demandará complexos sistemas operacionais e priorizará o armazenamento de suas informações somente em nuvem. 

Por esses motivos, essa abordagem é também chamada de “web semântica”, pois pretende conectar exponencialmente máquina e homem, de forma que essa relação seja cada vez mais natural e proporcione melhores experiências de usuário. 

Embora tenha se popularizado nos últimos anos, o termo “Web3” se tornou conhecido já em 2014, categorizado pelo britânico Gavin Wood, cofundador da criptomoeda ethereum, e pelo russo-canadense Vitalik Buterin.

Desde então, iniciativas, como a Parity Technologies, criada pelo próprio Wood, se empenham em estudar sobre como essa estrutura pode ser implementada, levando em conta que o seu principal foco é a descentralização da Internet. 

Em linhas gerais isso significa dizer que uma das propostas da Web 3.0 é reduzir o poder dos conglomerados da Internet, dando mais autonomia aos usuários sobre seus dados. 

A evolução das estruturas da Internet

Web 1.0

Representando a fase inicial da Internet, a Web 1.0 teve como principal característica a disponibilização de páginas de conhecimento, como endereços institucionais e enciclopédias.

Não permitia a interação, tendo páginas estáticas e um usuário passivo – que somente “recebia” o conteúdo.

Além disso, somente pequenos grupos tinham acesso à produção de conteúdo. 

Web 2.0

Marca a era dos blogs, redes sociais e da democratização da produção de conteúdo em geral.

Se antes o conhecimento havia sido compartilhado, agora o seu desenvolvimento também o era. 

Esse é o modelo utilizado atualmente e veio como uma proposta de superar o primeiro e oferecer mais liberdade aos usuários. 

Com o desenvolvimento das tecnologias e as transformações sociais, a Internet também se viu obrigada a evoluir, mesmo dentro de uma mesma estrutura. Com isso, surgiram mecanismos capazes de assegurar uma melhor navegabilidade, como as técnicas de SEO para blog, por exemplo. 

Entretanto, mesmo diante de tantas transformações esse modelo de rede ainda carrega um erro de vício importante: a falta de transparência com os dados – que são gerados em velocidade acelerada a cada ano. 

Web 3.0

É nessa ineficiência da Web 2.0 que a Web3 atua. Com a descentralização da Internet será possível quebrar o modelo pelo qual as ações dos usuários são monitoradas por diferentes mecanismos para a coleta de seus dados e, posteriormente, a venda desses itens. 

A blockchain, utilizada também em criptomoedas, é a principal tecnologia dessa estrutura, permitindo a criação de blocos e cadeias de dados e, dessa forma, uma rede bastante segura. 

Principais características da Web 3.0

Velocidade

Os principais pesquisadores de tecnologia do mundo pretendem remodelar a Web para que ela seja mais rápida, mais segura e mais resistente aos riscos do cibercrime.

Nova arquitetura

Os especialistas da área dizem que a Web 3.0 terá uma arquitetura de rede totalmente nova, que permitirá que os usuários tenham mais controle sobre seus dados, indicando quem os armazena e como o fazem. 

Transparência

Um dos objetivos da Web 3.0 é que ela tenha mecanismos claros, capazes de avaliar dados, eliminar erros e problemas, como as fake news.

Descentralizada

Essa talvez seja a principal característica da Web 3.0.

Descentralizar o acesso e a concessão de dados torna essa estrutura a aposta do futuro, uma vez que os usuários irão participar das tomadas de decisão e também poderão compartilhar informações de uma forma mais segura. 

Assim, desenvolve-se outra característica dessa estrutura: a autonomia do usuário acerca das informações que recebe e concede. 

Segurança

Ao utilizar a tecnologia blockchain, também presente nas criptomoedas, a Web 3.0 garante que sua estrutura é bastante segura.

Prova disso é a blockchain não ter sido invadida ao longo dos últimos 10 anos.

Peer-to-peer

A Web 3.0 usa essa tecnologia para permitir que exista a troca de recursos de “igual para igual”, entre vários usuários, de maneira direta.

Privacidade

Outra importante caraterística da Web 3.0 é o seu desejo por evitar as exposições de dados pessoais. Algo realizado por meio das tecnologias comentadas anteriormente.

Web Semântica

Como já dissemos, a Web 3.0 será capaz de integrar tecnologias para que as máquinas possam interpretar dados de forma mais natural.

Dessa forma haverá uma interação mais complexa entre o “insumo” humano e os computadores, os quais conseguirão entender os desejos e perfis dos usuários de forma mais consistente. 

Impactos da Web 3.0 para a área da Tecnologia da Informação.

É preciso entender que por se tratar de uma iniciativa em construção, não existe um conceito único de Web 3.0.

De forma geral a Web 3.0 irá combinar características das suas duas antecessoras, com a adição de inteligência artificial, para um trabalho de construção de informação conjunta: homem + máquina. 

A partir dessa equação a promessa é a geração de uma Internet que garanta uma experiência digital mais segura e descentralizada. 

Por isso, para a área de T.I isso pode gerar impactos sob duas perspectivas diferentes. 

A primeira é a demanda por profissionais que consigam operar na construção dessa engrenagem de máquina e homem, tornando o processo mais eficaz a cada dia. 

Já a segunda, está relacionada à necessidade do especialista de observar novas formas de trabalhar os dados das organizações, clientes e projetos – uma vez que a arquitetura da web será totalmente remodelada. 

Esse, inclusive, é um desafio também para o setor de marketing, que precisará rever as formas de condução das campanhas. 

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Assim, mesmo que ainda em planejamento, a Web 3.0 tem ganhado cada vez mais espaço. 

É inegável que as transformações digitais e as constantes evoluções das tecnologias têm o potencial de inaugurarem novas eras, como a da Internet. 

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Se os dados são os “ativos diamante” da era moderna, o conhecimento é o de todas elas. 

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