Você realmente está por dentro das tendências em cibersegurança para os próximos anos?
Saber essas informações pode ser um diferencial para quem deseja uma vaga no mercado de trabalho atual. Afinal, entre as oportunidades de desenvolvimento de carreira em Tecnologia da Informação em 2023, a segurança digital, em suas variadas vertentes, continua como destaque.
De acordo com um levantamento realizado pelo Adzuna, que analisou 18 milhões de vagas de emprego nos Estados Unidos no último ano, essa é uma das áreas que continuam crescendo, sobretudo quando associada ao metaverso e à digitalização de empresas e organizações.
Pensando nesse cenário de múltiplas possibilidades, separamos, a seguir, algumas tendências emergentes de segurança cibernética capazes de indicar o futuro da proteção digital.
Tendências emergentes de cibersegurança em duas diferentes áreas
Inicialmente, é importante ressaltar que a cibersegurança pode ser dividida em diversas áreas de especialização, como segurança de rede, aplicativos, dados, identidade e acesso; de dispositivos móveis; segurança em nuvem e em sistemas operacionais, entre outras.
Dificilmente, um profissional de TI vai dominar todos os conceitos desses ramos. Assim, uma das alternativas para se desenvolver no segmento é se aperfeiçoar em um deles, conhecer o que é inovador nesses campos e o que se espera deles.
Com esse objetivo, elencamos algumas especializações e o retorno que elas são capazes de dar.
1) Tendências em segurança de dados
A conformidade é uma das principais preocupações das empresas nos dias de hoje, as quais lidam, sobretudo, com o desafio sempre dinâmico e integrado de garantir a segurança de dados e o cumprimento às regras de proteção de informações.
À medida que os dados continuam se estabelecendo como um dos ativos mais valiosos do mercado, os crimes digitais que interferem ou danificam essas informações também se sofisticam.
Por isso, os times de tecnologia e os jurídicos precisam estar sempre atentos às inovações relacionadas com a tecnologia dedicada à segurança de dados e a uma proteção de data centers físicos.
Nesse sentido, um dossiê do Gartner buscou identificar os cinco principais pontos de destaque para a privacidade até 2024. De acordo com o estudo, até lá, 75% da população global terá seus dados pessoais cobertos pelas regulamentações de privacidade.
Além disso, o Top Trends in Privacy Driving Your Business Through 2024 (Principais tendências em privacidade que impulsionam seus negócios até 2024) elencou outras diretrizes nesse campo, como:
- Foco em políticas de privacidade – a estimativa é que o orçamento anual médio em privacidade das grandes organizações exceda a marca de US$ 2,5 milhões até 2024.
- O planejamento de localização de dados como uma das prioridades nos projetos e aquisição de serviços em nuvem.
- Técnicas de computação para melhorar a privacidade serão usuais – sobre isso, a análise do Gartner previu que, até 2025, 60% das grandes empresas vão usar, ao menos, uma técnica PEC (computação de aprimoramento da privacidade) em análises, inteligência de negócios e/ou computação em nuvem.
- Governança de IA – a avaliação é que os dados hoje inseridos nos modelos de aprendizado baseados em inteligência artificial poderão influenciar as decisões tomadas anos depois. Por isso, mais do que nunca, se pensa em uma governança de IA mais robusta, como explica o analista vice-presidente do Gartner, Nader Heinen: “Uma vez que a regulamentação da IA se torne mais estabelecida, será quase impossível desembaraçar dados tóxicos ingeridos na ausência de um programa de governança de IA. Os líderes de TI terão que eliminar os sistemas por atacado, com grande custo para suas organizações e posição.”
- UX de privacidade centralizado – essa é uma tendência que conversa diretamente com um novo perfil de consumidor. Os usuários agora pesquisam sobre os direitos de seus dados e cobram transparência das empresas. O esperado é que essa relação se torne ainda mais contundente e leve as empresas a uma postura de experiência de usuário de privacidade (UX) centralizada.
2) Tendências em segurança de rede
A segurança de redes envolve uma variedade de ações, práticas e metodologias para proteger uma rede de computadores de ameaças cibernéticas que estão por todo lugar.
Noções básicas de firewall, detecção de prevenção de intrusões (IDS/IPS), conexões VPN, autenticação e controle de acesso e registros de logs são apenas alguns conhecimentos que fazem parte dessa área. Entre as estimativas para essa vertente da cibersegurança, encontram-se:
- Análise comportamental de rede – essa tendência envolve o uso de técnicas avançadas de análise de tráfego de rede para identificar comportamentos suspeitos ou anômalos. Ao monitorar padrões de tráfego e atividades incomuns, as organizações podem detectar ameaças em tempo real e responder rapidamente a possíveis violações de segurança.
- Aumento da adoção de soluções de segurança baseadas em nuvem – com a crescente complexidade dos eventos cibernéticos maliciosos, muitas organizações passaram a adotar soluções de segurança baseadas em nuvem, que oferecem maiores flexibilidade, escalabilidade e capacidade de resposta, permitindo uma proteção abrangente da rede contra ameaças em constante evolução.
- Uso crescente de inteligência artificial e aprendizado de máquina na segurança de rede – como já abordamos por aqui, a inteligência artificial e o aprendizado de máquina são cada vez mais importantes para diversas funções, inclusive as de detecção e prevenção de ameaças. Essas tecnologias podem analisar grandes volumes de dados de tráfego de rede, identificar padrões de comportamento suspeitos e tomar medidas de forma automatizada e proativa para proteger a rede contra esses ataques.
- Fortalecimento da segurança de dispositivos IoT – a adoção de dispositivos da Internet das Coisas (IoT) faz com que a segurança de rede tenha que se adaptar de maneira ágil para protegê-los. A implementação de medidas de segurança robustas, como autenticação forte, criptografia de dados e gerenciamento de patches, será essencial para mitigar os riscos associados aos recursos IoT conectados à rede.
- Enfoque na segurança de redes sem fio (Wi-Fi) – com a proliferação de dispositivos móveis e a dependência cada vez maior de redes sem fio, a segurança das redes Wi-Fi se tornará uma prioridade. Isso inclui implementação de autenticação segura, criptografia avançada e monitoramento contínuo das redes sem fio para detectar e responder às atividades maliciosas.
- Ênfase na privacidade e conformidade regulatória – conectada às tendências de privacidade de dados, a implementação de regulamentações como o GDPR e a LGPD e a conformidade regulatória se tornarão fatores-chave na segurança de rede. As organizações terão que garantir a proteção adequada dos dados do usuário, o gerenciamento de consentimento e a conformidade com as exigências legais relacionadas com a coleta, o armazenamento e o processamento de dados.
- Aumento das ameaças de ransomware e ataques de phishing direcionados – em um viés negativo, a previsão de alerta para a segurança de redes é que o ransomware continue representando uma ameaça significativa. Com isso, a tendência é que os ataques se tornem mais sofisticados e direcionados. Além disso, estima-se que os ataques de phishing apresentem campanhas cada vez mais personalizadas e enganosas. A segurança de rede terá que se adaptar e adotar medidas proativas para mitigar esses casos.
- Crescente colaboração entre empresas e compartilhamento de informações de segurança – à medida que as ameaças cibernéticas se sofisticam, as organizações percebem a importância de colaborar e dividir informações de segurança. Isso abrange o compartilhamento de indicadores de comprometimento (IOCs), dados de ameaças e melhores práticas de segurança para otimizar a detecção e resposta a incidentes.
👉 Leia também: Guia Segurança de Redes: o que é, para que serve e tipos existentes.
Além dessas duas importantes áreas da cibersegurança e seus destaques, outras, como a segurança de aplicativos, possuem indicação de tendência e estimativa para a realização de suas operações no presente e no futuro. É o caso, por exemplo, da crescente integração de segurança em todas as fases do ciclo de vida do desenvolvimento de aplicativos (DevSecOps) e também da evolução relacionada com a gestão de identidade e acesso, tecnologia blockchain e autenticação multifator (MFA), entre outras.
A verdade é que a cibersegurança é um campo bastante vasto e que demanda capacitação constante. Assim, para profissionais que desejam se aperfeiçoar nesse mercado, a adoção de uma mentalidade de lifelong learning, ou seja, de aprendizado para a vida toda, é essencial.
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A metodologia da ESR, que mescla teoria e atividades práticas, capacita o aluno a pensar preventivamente e tratar os incidentes quando não for possível evitá-los.